RESPM_JAN-FEV-MAR 2017

Marketing digital Revista da ESPM | janeiro/fevereiro/marçode 2017 102 A arena do “ponto de venda” se transforma com bas- tante velocidade. A tecnologia passa a fazer parte das ações dasmarcas nesses ambientes, como o uso de ócu- los de realidade virtual para propiciar a experiência de consumo antes de a compra ser realizada. As redes sociais passam a fazer parte das embalagens das mar- garinas, das carnes e atémesmo das frutas. Há umvasto campo para os profissionais de criação explorarem em conjunto com seus clientes. A “propaganda tradicional” ainda temseu espaço, mas vem aos poucos aprendendo a escrever seu roteiro em conjunto com os consumidores. A concepção do diretor de criação como advento das ideias se mistura à sinceri- dade e criatividade expressada pelos consumidores em diferentes canais. Omonitoramento social se torna uma das principais ferramentas para geração de insights . Des- faz-se a ideia da campanha com início, meio e fim. Nossa necessidade de cânones e referências é uma peça-chave para compreender a importância dos indiví- duos criadores de conteúdo independente. Os “influen- ciadores digitais” impactam e fidelizam determinados nichos, em especial os jovens consumidores. Uma das liçõesmais óbvias e tambémmais duras para asmarcas é a transparência e a nudez trazida por esses produtores independentes. Despir-se da imagem perfeita para per- mitir-se falhas, erros, incertezas e inseguranças é um desafio para as agências e seus clientes. Em relação ao plano orçamentário dos anunciantes, ainda estamos em transição. De acordo com a Associa- ção Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), em 2014, R$ 33,5 bilhões em publicidade impactaram um conjunto de R$ 358 bilhões na economia, também em relação às arenas comentadas anteriormente, como o mercado esportivo, os espetáculos e a economia criativa. As mídias tradicionais ainda recebem a maior e mais considerável parte dos orçamentos de marketing, mas vê-se crescimento na área digital, principalmente por conta da alta segmentação e compra de audiência quali- ficada proporcionada pelo ambiente publicitário digital. As entidades nacionais — como Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi), Interactive Advertising Bureau (IAB), Conselho Executivo de Normas-Padrão (Cenp), FederaçãoNacional das Agências de Publicidade (Fenapro) e Abap — têm conduzido um forte trabalho de evangelização do entorno regulatório e dos anunciantes paraqueomercadocomoumtodose fortaleça.Oprincipal desafio para asmarcas não nativas digitais é compreen- der qual é seu espaço e como fomentar uma comunidade ativa de defensores dasmarcas, que vestema camisa sem esperar algo em troca alémde umserviço bemprestado. No que se refere ao profissional de marketing, já não há precisão no espectro de competências exigidas. Mais do que nunca, é essencial certa simbiose entre virtual e analógico, já que as arenas comunicacionais são organis- mos bastante vivos e emconstante transição. Checamos nossos celulares emmédia cem vezes por dia e espera- mos que páginas de marcas respondam às dúvidas em nãomais do que noveminutos. Ocenário do profissional de marketing é cada vez mais desafiador. É importantenotarqueas ferramentas tecnológicasnão cabemapenas ao público jovem. A liderança digital passa por utilizar a tecnologia como ummeio para a melhoria de processos, e não como umfim. Por conta da precisão proporcionada pelamídia digital, hámais clareza sobre Despir-se da imagemperfeitapara permitir-se falhas, erros, incertezas e inseguranças é umdesafiopara as agências e seus clientes

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