RESPM_JAN-FEV-MAR 2017
Mobile Revista da ESPM | janeiro/fevereiro/marçode 2017 106 shutterstock V ivemos emummundo comnovas fronteiras, criadas unicamente pelo uso da tecnologia. Um novo universo está sendo forjado como uma realidade convergente, fluida e mais aberta. Isso coloca em xeque as relações tradicionais, ultrapassando os limites entre físico e virtual, econo- mias desenvolvidas e mercados emergentes, público e privado, homem e máquinas, produtores e audiências, indústrias e consumidores, conteúdo e comércio, com- pras e storytelling . É aí que a história começa a ficar interessante, sob a perspectiva dasmarcas. Omobile desponta como prota- gonista central, não só comomeio de acesso à internet, mas também como o grande vetor da transformação, que ultrapassa as diferenças sociais e que se arraigou aos hábitos das pessoas, independentemente da raça, do credo, da idade, da cultura e da classe social. A possibilidade de ter o mundo ao alcance das mãos, a partir de umúnico toque, traz asmarcas para junto do consumidor, anywhere , anytime . Isso significa que estar no digital implica, necessariamente, estar nomobile. A depender da estatística utilizada, os números podem variar um pouco, mas ainda assim impressionam: 80% de toda a audiência já está nomobile, seja de forma exclu- siva ou com participação predominante. O mobile res- ponde por 73% do tempo que o usuário passa conectado. Esses fatores não podem ser desprezados em qualquer estratégia de negócio. Não por acaso, vemos plataformas bem-sucedidas do pontodevistadaaceitaçãodosusuários, que foramdesen- volvidas para serem usadas exclusivamente a partir de dispositivosmóveis, como o Instagrame o Snapchat, ou, preferencialmente, nomobile (Facebook, Twitter e Spo- tify). Todosesses serviços têm, emcomum, características marcantes, as quais denomino mobile centric , e que estão diretamente relacionadas ao dispositivo preferencial de acesso — no caso, os smartphones — e aomodo de produ- ção, consumo emultiplicação de conteúdos e conversas. A combinação desses fatores vemmudando as relações humanas e as relações comerciais entre consumidores, marcas, produtos e serviços, como demonstram clara- mente oWhatsApp e o Netflix. As empresas que produzem e entregam conteúdo digital perceberam que o consumidor é mobile centric . Ainda assim, por uma exigência do usuário, ou como resultado de novas demandas surgidas a partir do uso do próprio serviço, algumas barreiras vêm sendo der- rubadas. Antes, um aplicativo exclusivamente mobile, o WhatsApp ganhou, em 2015, uma interface que per- mite aos usuários utilizaremo comunicador no desktop . NocasodoNetflix, recentementevimosoutramudança significativa. Para atender aos clientes que estiverem off-line, o serviço de vídeo on demand passou a permitir, ainda comcatálogo restrito, o download defilmes e séries, para seremvistos quando o usuário não tiver uma cone- xão de rede disponível. Trata-se de uma transformação significativa no modelo de negócio, determinada pela mudança no comportamento do consumidor, que pediu para ter acesso a conteúdos via mobile, mesmo quando estiver desconectado. Publicidade mobile No universo da publicidademobile, o desafio de engajar esse consumidor ganha novos contornos. Enquanto no mundo off-line asmarcas lidamcomseus concorrentes diretos, no ambiente mobile elas disputam a audiência dos quase 110 milhões de brasileiros conectados com No ambientemobile, asmarcas disputama audiênciados quase 110 milhões de brasileiros conectados com concorrentes totalmente diferentes 80% de toda a audiência já estánomobile, de forma exclusiva ou comparticipação predominante
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