RESPM_JAN-FEV-MAR 2017

janeiro/fevereiro/marçode 2017| RevistadaESPM 45 shutterstock principal device responsável da atenção multitelas é o celular (24% dos 31%). O desvio da atenção fica ainda maior no momento em que entra o break comercial: o uso dos devices cresce para 40% e a participação do smartphone sobe de 24% para 32%. 2 — Em março de 2016, o instituto realizou o Ipsos Con- nect para o Twitter brasileiro no Brasil, com internautas acima de 13 anos. De acordo com o levantamento, 34% das pessoas que assistem à TV estão ao mesmo tempo conectadas à internet, independentemente da plataforma utilizada. Entretanto, mais uma vez, a TV não é a única afetada pela dispersão de atenção: aproximadamente um terço dos usuários declaram estar acessando a inter- net ou falando pelo celular enquanto ouvem rádio, leem jornais ou revistas. Um outro estudo, o Videowatcher Profile , revelou que o “ vídeo watcher ” brasileiro conectado está pre- sente em 4,3 redes sociais, emmédia, de forma ativa, sendo que 78% deles declaram ficar com todas aber- tas ao mesmo tempo. Essa declaração ilustra bem a dificuldade de as marcas se sobressaírem em meio a esse cenário. Inclusive para o formato digital, atualmente mais celebrado, com o maior crescimento (ainda que mino- ritário, o vídeo representa 10% do investimento em publicidade digital no Brasil em 2015), o vídeo digital também tem suas barreiras: estudos de entendimento realizados pela Ipsos Connect em uma série de países (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França) mostram que, na média, 74% dos comerciais ou con- teúdo em formato de vídeo digital são pulados e não são visualizados na íntegra. Acredite no poder das (boas) comunicações Existe ainda pouco consenso sobre as melhores estra- tégias para conseguir se sobressair do ruído publicitá- rio e informativo. Porém o que não deve ser feito está bastante claro. Não é comprando mídia em todos os formatos, colo- cando verba em cada plataforma e veículo, que garan- timos a visibilidade das campanhas de comunicação. Realmente, nos últimos anos, ocorre o fenômeno FOMO ( Fear of Missing Out — o medo de ficar de fora), que tem levado muitos profissionais de marketing e mídia a Omomento atual émuito bemdefinido por Bauman e Mauro como “interregno”, uma lacuna entre dois ciclos de tempo,“entre o que deixoude ser e o que virá a ser”

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