RESPM_JAN-FEV-MAR 2017

tendências Revista da ESPM | janeiro/fevereiro/marçode 2017 50 A ESPM sempre incentivou o debate de ideias, abrindo suas salas e auditórios para a realiza- çãode fórunsdediscussãode tendências, con- ceituação de experiências e análise de cases. Esse é umdos ingredientes da fórmula que usamos há 65 anos para formar e fornecer novos talentos ao mercado. Seguindo esse princípio, no fim do ano passado, o novo presidente da ESPM, Dalton Pastore, promoveu pela pri- meiravezumareuniãodoFórumPermanenteda Indústria da Comunicação (ForCom) nas dependências da Escola. Assim,comointuitodeaproximarcadavezmaisaacademia domercado,noúltimodia6dedezembrooencontroreuniu grandesnomesdaindústriadacomunicaçãoedomarketing paraapresentarasperspectivasedebaterosrumosdosetor. Iniciando os debates, Fernando Sampaio, sócio da consultoria LCA, fez uma projeção de como a economia deverá se comportar no decorrer de 2017. “No cenário base está o desempenho sofrível da economia global, em meio a riscos políticos. Por aqui, a superação da crise é provável, mas deverá ser lenta”, comentou o especialista em macroeconomia. “Em 2017, o PIB brasileiro deverá crescer timidamente, podendo registrar 1%de aumento, chegando a até 2%, no melhor dos cenários.” Já Luis Bonilauri, da consultoria Accenture, mostrou em sua apresentação como a indústria da comunicação está se adaptando à nova era da disrupção digital. “As empresas de mídia estão sendo desafiadas a repensar seusmodelos operacionais e de negócios para competir comcompanhias comoGoogle e Facebook, que ocupam uma fatia cada vez maior do mercado.” Segundo ele, em 2019, a publicidade digital deverá responder por 47% dos US$ 682 bilhões movimentados por essa indústria em todo o mundo. Hoje, dos US$ 599 bilhões faturados pelo setor, cerca de 40% são destina- dos aosmeios digitais, como aponta a pesquisa da PwC. Nessenovocenário,umdosprincipaisdesafiosimpostos éaintegraçãodosmeios.“Oquejásabemoséqueacombina- çãodapublicidadeoff-linecomomundodigital possibilita à campanha obter 19% a mais de retorno do que se ela for veiculadasomenteemumdosdoiscanais”,comentouBoni- lauri, detalhandoumestudo feitopelaAccentureapedido da rede de TVamericanaABC, que durante umano anali- souosbilhõesdetransaçõesdemídiadaemissora.“Ascam- panhasveiculadasapenasnomeiodigital foram9%menos efetivas doque aquelas que utilizaramomeio tradicional. Jáaqueles comerciais veiculados apenasnaTVabertanão registraramnemqueda nem crescimento em relação aos demaismeios.Talanálisecomprovaarelevânciaeaasserti- vidadedamídiatradicional,alémdeindicarqueocaminho passa pelouso integradodasmídias on e off-line.” No Brasil, o investimento em mídia digital ainda é pequeno: “Estamos muito atrás de países como a Ingla- terra, onde 50% da verba publicitária já vão para o digital. Aqui, nem 5% dos investimentos são destinados ao meio digital. A TV ainda lidera com folga o ranking brasileiro, recebendo 75,5% da verba dos anunciantes, ante a média mundial, que é de 38,1%.” Acombinaçãodapublicidadeoff-linecom omundodigital possibilitaobter19%a maisderetornodoque seacampanha for veiculadaapenas emumdosdois canais LuisBonilauri, da consultoriaAccenture: ”Hoje, dos US$ 599 bilhões faturados pelo setor emtodo omundo, cerca de 40% são destinados aosmeios digitais” arquivo espm

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