RESPM_JAN-FEV-MAR 2017

Revista da ESPM | janeiro/fevereiro/marçode 2017 72 Mercado atual “A ambição criativa do Brasil deve sermuitomaior do que ela é hoje. Nossa indústria precisa se abrir para omundo, aprender a jogar o jogo global e começar a produzir grandes ideias capazes de seremutilizadas emqualquer lugar do planeta. Isso vai muito alémdo que ganhar prêmios em festivais de publicidade. O Brasil sempre foi destaque nas principais premiações, mas que lugar suas agências ocupamna criação de campanhas globais de seus clientes?Minhamaior briga hoje émostrar para as pessoas que omundomudou. É preferível fazer diferente e cometer um erro novo do que ficar repetindo asmesmas fórmulas.” Futuro da publicidade “Vivemos o maior e o melhor cenário da nossa indústria sob o ponto de vista dos desafios. Nos últimos anos, nossa indústria se movimentou em torno da expectativa e realização de dois grandes eventos esportivos: a Copa do Mundo e a Olimpíada. Este será o primeiro ano que não teremos nenhum grande evento movimentando o mercado publicitário, e o cenário político atual será determinante para ver quando é que vamos começar a andar para frente. Nossa indústria está sucateada e alguns segmentos estão do tamanho que eram em 2006, ou seja, retrocederam dez anos e isso tem impacto direto na vida das pessoas.” ogi lvy | Lu i z Fernando Musa Luiz Fernando Musa, CEO da Ogilvy, alerta: “É preferível fazer diferente e cometer um erro novo do que ficar repetindo as mesmas fórmulas do passado” Faltaambiçãoparaquereromelhor! Filosofia criativa “Uma boa ideia deve ser grande o suficiente para poder ser validada e utilizada emqualquer lugar do mundo. Hoje, o mercado discute muito tecnologia e modelos, mas esquece que o valor da nossa indústria está no tipo de ideia transformadora que somos capazes de entregar para uma marca. Eu trabalho para colocar a Ogilvy Brasil entre as agências mais criativas do mundo. Essa filosofia nos permitiu criar a campanha global “Isso é ouro”, da Coca-Cola, para a Olimpíada — que foi veiculado em 50 países. Aqui, a ideia está sempre a serviço da marca e a tecnologia a serviço da ideia. Mas, de maneira geral, a publicidade está pior do que era há 20 anos. Está cada vez mais raro eu ver uma campanha nacional e sentir inveja de querer ter tido aquela ideia. É preciso abandonar as fórmulas que deram certo no passado.” divulgação

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