RESPM JUL_AGO_SET 2017

julho/agosto/setembrode 2017| RevistadaESPM 31 Gráfico 2 | Evolução dos acordos preferenciais de comércio entre 1950 e 2010 Fonte: elaboradopelos autores combasenos estudos daOMC – 2011 1. Entre Países Desenvolvidos  e Países Desenvolvidos 2. Entre Países Desenvolvidos  e Países em Desenvolvimento 3. Entre Países em Desenvolvimento  e Países em Desenvolvimento LEGENDA: Acordos 300 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 250 200 150 100 50 0 1 2 3 1 ª ONDA DE REGIONALISMO (UE) 2 ª ONDA DE REGIONALISMO (Nafta, Mercosul, Asean-FTA) 3ª ONDA DE REGIONALISMO Estagnação Rodada Doha da OMC e aumento do número de Acordos Preferenciais de Comércio + Novas tendências Review of International Political Economy , 2015), há discor- dânciasobresea fragmentaçãodaproduçãoésubstantiva- mente nova, exigindo alterações das teorias de comércio, ousesimplesmenteserefereaumaprofundamentosecular dadivisão internacional do trabalho. Partedasabordagens éoriundadaglobalização, da interdependênciaeconômica —comodefendemSharma (2008), RobertKeohaneeHelen Milner ( Internationalization and domestic politics , 1996) — e das estratégias governamentais adotadas, segundo John Stopford,SusanStrangeeJohnHenley( Rivalstates,rivalfirms , 1991), Ulrich Steger ( Corporate diplomacy , 2003); e Alberto Asquer ( What is corporate diplomacy? , 2012). De acordo comDani Rodrik ( Trade, social insurance, and the limits to globalization , 1997) e Peter Dicken ( Mudança global: mapeando as novas fronteiras da economia mundial , 2010), tão importante quanto a mobilidade das empresas multinacionaisentreasfronteirasdospaíseséavelocidade comqueatecnologiaembutidaemseusprodutoseserviços temproporcionado,bemcomoaquantidadedeinformações transmitidas de um local para outro. Tanto aChina quanto a Índiadespontamnessasquestões. Enquantoasempresas indianas vêmganhando participação na América Latina e notadamenteaumentamsuaatuaçãonoBrasil,aChinadeXi Jinpingenalteceosinvestimentosmundoaforae“redesenha aNovaRotadaSeda”,adotandoumdiscursopró-globalização. Conforme argumentam Gene Grossman e Esteban Rossi-Hansberg ( The rise of offshoring: it’s not wine for cloth anymore , 2006), assimcomoGaryGereffi e Karina Fernan- dez-Stark ( Global value chain analysis: a primer , 2011), opro- cessode integraçãoentreasestruturasprodutivasocorreu efetivamentepelaaproximaçãoeconômicaentreospaíses epelareduçãodeentravescomerciais.AsCGVsse inserem justamente nesse contexto, com base em premissas que, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvol- vimento Econômico (OCDE), levam em consideração os seguintes fatores: interligação crescente das economias; especializaçãodasmultinacionaisedospaísesemativida- desefunçõesespecíficasdenegócio;networkdecomprado- res; fornecedoresglobais; fragmentaçãodaproduçãocomo forma de aumento da produtividade e da competitividade atéqueprodutoseserviçoscheguemaosconsumidores.Nos últimos anos, tais análises têm se tornado cada vez mais dificultosasdianteda complexidadedeatores envolvidos, das políticas implementadas, doacirramentoda competi- tividade, entre outros fatores políticos e geopolíticos, eco- nômicos, regulatórios e empresariais.

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