RESPM JUL_AGO_SET 2017

julho/agosto/setembrode 2017| RevistadaESPM 37 Lição de vida “Fiz parte da terceira turma do curso de Relações Internacionais (RI). Quando entrei na ESPM, meu plano era seguir carreira na área da diplomacia. Mas, em 2010, comecei a atuar na ESPM Social e fui para a Ucrânia fazer um trabalho voluntário em três orfanatos. Foram dois meses incríveis, com muita troca de experiência e aprendizado, que inf luenciaram decisivamente nas minhas decisões e mudaram completamente a minha vida. Senti o quanto é forte a questão cu ltura l em uma sociedade e como é fácil julgar determinada situação quando você não está lá, vivendo a realidade do local. Voltei para o Brasil certa de que queria atuar como agente de transformação em uma sociedade cada vez ma i s compl icada . Eu sempr e t i ve vont ade de direcionar minha carreira para o lado social, mas não tinha esse posicionamento claro até viver essa experiência internacional. Em 2011, a ESPMme proporcionou mais uma experiência global: um intercâmbio na universidade espanhola de Antonio de Nebrija, em Madri. Assim que retornei ao Brasil, já comecei a estagiar no It aú , em um projeto que visava promover uma mudança estrutural e operacional para fazer o banco atuar de forma mais sustentável. Dessa forma, consegui encontrar um caminho dentro da carreira de RI que me conecta muito com as causas sociais. Hoje, utilizo no meu dia a dia muitas das competências adquiridas durante a faculdade, como as técnicas de negociação i nternaciona l , a forma ma is holística de ler determinados cená r ios e dei xa r de pensa r apenas no microambiente para focar no todo.” Era pós-global “Depois do curso de RI, fiz uma pós - g r adu ação em e s t udos brasileiros para entender como ocorreu o desenvolvimento social, político e cultural do Brasil. E tive a oportunidade de estudar os impactos causados pela falta de equilíbrio entre o processo de globalização e a produção local. O que o mundo está buscando agora é um equilíbrio entre essas duas forças. Precisa haver um entendimento das demandas locais, sem que as agendas globais sejam afetadas. Mas o mundo ainda está bem distante desse equilíbrio. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador e só será resolvido a partir de uma reforma política de todo o sistema e do restabelecimento da confiança do empresariado brasi leiro e dos investidores estrangeiros na economia. Mesmo com a crise, o Brasil continua sendo o quinto maior mercado para a Nestlé. Nosso país tem um potencial enorme, o que falta é arrumar a casa para poder explorar todas as suas potencialidades.” O que está por vir… “Eu sou otimista. Sei que não vou mudar o mundo, mas, se conseguir plantar uma sementinha, já é um importante passo em busca de um futuromelhor.Trabalhoparadeixar omundomais saudável. E vejo cada vez mais pessoas revendo negócios e formas de trabalho, porque já perceberam que, se continuarmos seguindo o modelo atual, talvez não tenhamos futuro. Acontece que essa construção conjunta de novos caminhos não ocorre emum ambiente de polarização e visão maniqueísta, que divide o bem e o mal, o positivo e o negativo. Se continuar pensando assim, o povo nunca conseguirá se unir para transformar a nação.” “Sei que não vou mudar o mundo, mas, se conseguir plantar uma sementinha, já é um importante passo em busca de um futuro melhor. Trabalho para deixar o mundo mais saudável. E vejo cada vez mais pessoas revendo negócios e formas de trabalho nas mais diversas áreas”

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