RESPM JUL_AGO_SET 2017
julho/agosto/setembrode 2017| RevistadaESPM 43 Lição de vida “ Todo conteúdo passado nas disciplinasdosprofessoresPimenta, Denilde, Guilherme Casarões e Heni Ozi Cukier está presente no meu dia a dia. Isso porque os professores procuravam nos pôr a par do que acontecia mundo afora, por meio de discussões em sala e da resolução de cases pautados em questões mercadológicas. O mais interessante é que quanto mais essas atividades eram realizadas, mais os alunos se engajavam. O que enriquece muito essa experiência é que a maioria dos professores exerce funções em outras empresas e não se dedicam exclusivamente à academia. Na KPMG, eu trabalho na área de risk consulting , que é composta por cinco subdivisões. Já tive a oportunidade de passar por três delas em diferentes projetos, que avaliavam as questões de riscos inerentes ao negócio. Recentemente, estive envolvida em um projeto que pôs em voga muito do que aprendi nas disciplinas da minor de relações governamentais. Em busca de uma solução de uma matriz de riscos para uma entidade sem fins lucrativos, tive de recorrer aos cadernos da faculdade. Algo que foi de grande aplicabilidade durante esse trabalho foi o conceito de black swan e seus três pontos: acontecimentos imprevisíveis; que causam grande impacto; e, depois do evento, inúmeras explicações que os situam como previsíveis, mas que não são percebidos pelas pessoas. Quando se trabalha com riscos, essa teoria é facilmente posta emprática. Era pós-global “Por mais que o sucesso ainda seja pautado no lucro, os serviços e a criatividade também dão o tom da era pós-global, na qual o capital humano é uma das variáveis-chave junto com o capital físico. Esse novo cenário traz a necessidade de uma reestruturação produtiva, já que os negócios estão cada vez mais moldados nos padrões de consumo e no surgimento de setores i ntei ramente novos, pautados na dependência de diferentes formas de fornecimento de serviços financeiros e inovação tecnológica e organizacional. Tanto as relações quanto os negócios estão mais fluidos e, por isso, ‘lucra aquela empresa que se adapta mais rapidamente’. O sociólogo Zygmunt Bauman ( Modernidade Líquida , Editora Zahar, 2001) foi extremamente assertivo ao dizer que o mundo pós-moderno está pautado em pessoas que não conseguem ‘estabelecer críticas, nem formar regras para guiar a sociedade’. Neste ponto, a lição que aprendinafaculdadefoinuncaparar de estudar, nunca se acomodar. A ESPM traz para o nosso currículo muitas portas abertas. Cabe a nós mantermos todas elas destrancadas ao longoda carreira.” O que está por vir… “Minha meta é fazer carreira na KPMGouemumaempresaglobaldo Segundo Setor. Posso até trabalhar no exterior, mas primeiro quero fazer um mestrado no Brasil, para iniciar na docência. Já em relação à posição do país neste cenário pós-global, entendo que a política comercial adotada nos últimos anos não nos favoreceu, frente às demais economias internacionais. Pode- se dizer que, a partir da crise de 2008, nos descolamos dos BRICs, sendo que naquela ocasião o Brasil conseguiu se reerguer pós-crise com a proteção do mercado interno e um grau maior de autonomia com menores consequências sociais. Agora, estamos nos reerguendo novamentedemaisuma recessão.O aumento do preço das commodities e o estímulo ao setor privado são as nossas alavancas.” “A lição que aprendi na faculdade foi nunca parar de estudar, nunca se acomodar. A ESPM traz para o nosso currículo muitas portas abertas. Cabe a nós mantermos todas elas destrancadas ao longo da carreira”
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