Revista da ESPM
ABRIL/MAIO/JUNHODE 2018| REVISTADAESPM 101 CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS Fonte: AIRES, ReginaWundrackdoAmaral;MOREIRA, FernandaKempner; FREIRE, Patriciade Sá (2017) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PERÍODO CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS Primeira Revolução Industrial Iniciou na segundametade do século 18 e avançou atémeados do século 19. Ocorreu entre as décadas de 1760 a 1840 Máquina a vapor Substituição da produção artesanal pela produção fabril Sistema de produção taylorista-fordista – divisão do trabalhomanual e intelectual Segunda Revolução Industrial Iniciou no século 19 e avançou a primeira metade do século 20 Energia elétrica Automação e produção emmassa Sistema de produção taylorista-fordista – divisão do trabalhomanual e intelectual Terceira Revolução Industrial Iniciou na segunda metade do século 20 e avançou até o final deste século. Ocorreu entre as décadas de 1960 e 1990 Surgimento da informática e avanço das comunicações Surge a sociedade do conhecimento Sistema de produção flexível Quarta Revolução Industrial Iniciou na primeira década do século 21, na década de 2000 Internet mais ubíqua emóvel, sensoresmenores emais poderosos e inteligência artificial Fusão das tecnologias e a interação entre domínios físicos, digitais e biológicos Sistemas emáquinas inteligentes conectados possibilitando ummodelo de produção de personalização emmassa aprendizagem se deslocará para abordagens de aprendi- zado individualizadas e just in time . Haverá uma transi- ção para as aulas ’híbridas’, que combinam componentes de aprendizado on-line com reuniões de classe presenciais, cada vez menos frequentes no campus. A avaliação da maioria das universidades sobre a aprendizagem levará em conta resultados e capacidades mais orientadas para o indivíduo e que sejam relevantes para o domínio da dis- ciplina. Os requisitos para a graduação serão significa- tivamente transferidos para resultados personalizados.” Esse novomodelo será tão rapidamentemais adotado quanto maiores forem as relações da universidade com os players de Revolução 4.0, como já acontece com as grandes universidades americanas, tradicionais forne- cedoras de profissionais para o mercado. É exatamente esta a principal questão apresentada no estudo The Future of Degree: how colleges can sur- vive the new credential economy , publicado em agosto de 2017 pelo The Chronicle Higher Education . Dentre as possibilidades levantadas, surgemespecial- mente as atividades de empreendedorismo, não apenas o ensino de matérias e conteúdos relativos ao assunto, mas tambéma vivência real de criar, modelar, construir e lançar ummodelo de negócios típico da indústria 4.0. Universidades empreendedoras AFundaçãoCapes desenvolveu diversas pesquisas sobre o assunto, que deram origem ao relatório Universidades Empreendedoras , emque traz um framework de estímulo ao empreendedorismo que é utilizado pela instituição para medir o ecossistema empreendedor universitário ( ver resumo desse framework na página 102 ). Segundo a Capes, uma universidade empreendedora estará inserida emumecossistema favorável quandoofe- recer uma infraestruturade qualidade e excelente parque tecnológico, prezar pela internacionalização, comprogra- mas de intercâmbio intelectual e publicações internacio- nais, e ainda dispor de grande endowment e alto investi- mento por aluno.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx