Revista da ESPM

INOVAÇÃO REVISTA DA ESPM | ABRIL/MAIO/JUNHODE 2018 40 seusclientesaformacomoaempresaserelacionacomeles. Mesmo coma necessidade de inovar emseumercado, alguns aspectos dificultam que a empresa consiga se livrar de conceitos e ideias que não terão futuro no seu segmento. Os sete pecados da inovação são: 1. Hierarquia: uma empresa que considera a hierarquia um valor cultural muito forte tende a não ouvir o que os colaboradores sabem, porque ninguémde cima quer ouvir. Hierarquia é importante para a empresa, claro! Mas o excesso dela pode ser fatal. Emuma discussão sobre novas formas de fazer as coisas, quando a hierarquia entra por uma porta, a inovação sai por outra. 2. Medo: um negócio no qual o medo dos colaboradores é maior do que a vontade de contribuir pode estar com os dias contados. Medo de se indispor com o chefe, medo de falar, medo de questionar... tudo isso deve ser combatido diariamente pelos gestores. 3. Insegurança: umadascaracterísticasdainovaçãoéodes- conhecido, por isso alguns executivos preferemcontinuar a replicar umpassado seguro, a enfrentar um futuro incerto. Écomumvermos executivos se escondendoatrás de pesqui- sas frias epasteurizadas, aceitandoopapel de coadjuvantes emvez de protagonistas da inovação dentro das empresas. 4. Arrogância: quanto maior a participação de mercado de uma empresa, maior será o risco de ela se tornar arro- gante e pensar que já sabe tudo a respeito de seus clien- tes. Não há dúvida sobre as empresas conhecerem seus clientes. O problema é que algumas delas continuam fazendo as mesmas perguntas para esses clientes e, con- sequentemente, obtendo as mesmas respostas de sempre. 5. Superficialidade: não conseguir umdiagnóstico claro por falta de uma metodologia adequada para melhor conhecer o seu cliente frequentemente leva a tomadas de decisão incorretas. 6. Visão do cliente departamentalizada: quando cada área da empresa pensa apenas em seus próprios problemas, ninguém está vendo o cliente na totali- dade. Certamente, as suas experiências com a empresa serão confusas. 7. Acreditar apenas na boa vontade dos colaborado- res: para a inovação acontecer, é precisometodologia, pro- cesso e dedicação. Nenhuma inovação acontece sem foco e propósitos claros. Uma empresa nãomorre apenas por fazer coisas erra- das. Algumas morrem também por continuar fazendo asmesmas coisas certas, durantemuito tempo, ou seja, o mercado muda e a empresa, presa em suas verdades, continua a fazer o que sempre fez. O que te trouxe até aqui não é, necessariamente, o que irá te levar ao futuro. Nestemomento emque vivemos a indústria 4.0, as sete virtudes da inovação são: 1.Métodoeprocessosdeinovaçãoclaros: ter boa vontade para inovar. Participar de cursos e seminários de inovação sempre ajuda, mas não é suficiente para realmente criar e implementar a inovação emuma empresa. É fundamental que a empresa tenha umametodologia de inovação clara e baseada em conceitos técnicos. 2.Isençãoeliberdadedeexpressão: uma empresanaqual o medo faz parte de sua cultura está fadada a fazer mais domesmo ou a copiar seus concorrentes. Nomomento de discutir uma inovação, todos os colaboradores envolvidos devem ter total liberdade para darem sua opinião. 3. Cocriação: dificilmente a inovação é criada por uma pessoa apenas ou por um único departamento. A com- plexidade do ambiente de negócios atualmente é muito grande. É preciso trazer diferentes perspectivas internas para podermos lidar com todas as variáveis envolvidas. 4. Unir os trêspilares–ser desejável pelaspessoas, tec- nicamente possível e financeiramente viável: é normal as empresas se preocuparem como tecnicamente possível e o financeiramente viável. Mas acabampor esquecer se o que estão desenvolvendo é desejável pelas pessoas. Arro- gância e sucesso do passado podem explicar um pouco esse comportamento. Antes de qualquer criação, é neces- sário compreender o que e como os clientes querem. Pode parecer óbvio, mas normalmente não é isso o que acontece. 5. Nãoapenaspesquisar,masser o cliente: existemqua- tro níveis de pesquisa:

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