Revista da ESPM

ABRIL/MAIO/JUNHODE 2018| REVISTADAESPM 43 Umadaspricipaisvirtudesdainovaçãoésaberunirtrês pilares : serdesejávelpelaspessoas,tecnicamente possívelefinanceiramenteviável shutterstock Nunca passamos por um momento sequer parecido com o que vivemos atualmente. As coisas nunca muda- ramde forma tão rápida. Nosso aparelho cognitivonunca teve de lidar com tais mudanças de cenário tão rápidas. Tudo isso causa impacto nas pessoas. Se você sente quenão consegue dar contade tudooque tem para fazer, se você não consegue ler tudo o que tem para ler, não consegue participar de todas as reuniões às quaiséconvocado, sevocênãoconseguerespondera todos os e-mails e a todas asmensagens que recebe nos inúme- ros grupos deWhatsApp, saibaque vocênãoestá sozinho. É comum a pessoa achar que só ela está nessa situação. É como diz aquela frase: “Quando olho para dentro, me desespero. Quando olho para fora, me acalmo”. Mas para onde as empresas estão olhando quando o assuntoé inovação?Basicamentecincoáreassedestacam: 1. Remoçãodas camadasdecomplexidade: antes, as pes- soas tinham de se adaptar aos produtos. Agora, os produ- tos é que se adaptam às pessoas. 2. Zero user interface : vivemos no mundo das telas. Em breve, elas desaparecerão e tudo funcionará a nossa volta sem que seja necessário teclar em alguma tela. 3. Robótica: grandes investimentos, sobretudo na China, na Coreia do Sul e no Japão. Não apenas para a gestão de fábricas e logística, mas emhumanoides robóticos de acom- panhamento para pessoas de terceira idade. 4. Inteligênciaartificial: a indústria 4.0 trabalha nãomais com o automático, mas sim o autônomo. 5. Big data : a coleta de dados está cada vez mais intensa, tendo origem em dispositivos móveis, plataformas de IoT (do inglês Internet of Things ), tecnologias de localização, e sensores inteligentes. Essas tecnologias, conectadas ànuvem ( cloudcomputing ), possibilitamaanálise eoprocessamento massivo dos dados ( big data analytics ). Todas essas áreas e tecnologias irão tomar grandeparte deatividadesquesãorealizadasporpessoas,ouseja,osalgo- ritmos irãodominarmuitos empregos emfuturopróximo. Neste período de abundância de oferta em que vive- mos, a engenharia deve encontrar soluções para fazer as coisas funcionarem. Mas, se as soluções não forem tam- bémagradáveisaosolhos,poucagenteirácomprá-las. Exis- tem alternativas demais. O design, o lúdico e a empatia passam a ser hoje as principais maneiras de as pessoas encontraremdiferenciação. Dependendodaatividadequeapessoaexerce,oemprego delaestámaisoumenosemrisco.Todaatividadequepodeser realizadadeformamecânica,equepodeserestruturadade formaracional,serásubstituídaporalgoritmosmatemáticos. Qualquer trabalho que dependa de rotina, que possa ser reduzidaaumconjuntoderegrasousubdivididanumasérie de etapas a seremseguidas, corre o risco de ser substituído pormáquinas.Issoenvolve,porexemplo,umparecerjurídico, consultasmédicas,contabilidadeeatividadesburocráticas. Logo, as características mais valorizadas no futuro serão todas as atividades que nenhum algoritmo conse- gue fazer, como as ações ligadas à criatividade, intuição, imaginação, sabedoria, algoqueapenasos sereshumanos conseguem realizar. As pessoas já perceberam que os produtos ofertados atualmente sãomuito parecidos. Então, devemos ofertar algo que vá alémdo que está à disposição. Bem, como fazer isso, então?

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