Revista da ESPM
ABRIL/MAIO/JUNHODE 2018| REVISTADAESPM 65 duranteaRevolução Industrial, quandoomaquinárioeas melhoriasnoprocessodefabricação,comoalinhademonta- gem,impulsionaramaprodução,beneficiandoaeconomia como um todo, como descreve AdamHayes em 20 Indus- tries Threatened by TechDisruption , no site Investopedia. Mesmo comos pesquisadores Alex Cole, Ian Stewart e DebapratimDe, daDeloitte, afirmandoquenaspróximas duasdécadas35%dos empregosdoReinoUnidocorremo riscodeseremeliminados,háaconvicçãodequeadestrui- çãotrazidapelatecnologiaédiretaevisível,oquenãoacon- tececomaatividadecriativa. E, nessesentido, inteligência artificial e robóticaacabariamsendocoadjuvantes, ainda quecadavezmaisúteisnasatividadesquenãoprescindem do raciocínio, dacriatividade, daversatilidade, daargúcia eatédopressentimento, própriosda inteligênciahumana. Já os pesquisadoresmais pessimistas acreditamque o problema específico da Quarta Revolução Industrial é o fatodeque, aocontráriodoqueocorreuanteriormentena história,muitosdoscargosquehojeestãosendosubstituí- dospela tecnologianãosão inerentemente tecnológicose, portanto, osdesempregadosnãoconseguirãorecolocar-se nomercadode trabalho, namedida emquenão sãoprovi- dosdehabilidadestecnológicasespecíficas(desnecessárias para a realizaçãode suas tarefas nas antigas profissões). Essas novas circunstâncias, nas quais uma nova tec- nologia introduz mudanças significativas nos negócios, na indústria ou no mercado e perturba o status quo , são sinônimodachamada inovaçãodisruptiva, cuja teoria foi apresentada inicialmentepeloprofessordeHarvardClay- tonChristensen.Citandoosurgimentodeempresascomo Netflix, Skype e Uber, ele explica que a disrupção acon- tece quandooprodutoou serviçoda empresadepequeno porte se torna a principal escolha, deslocando o produto ou serviço do operador histórico, fazendo surgir, então, a necessidade de inovação. E, assim, oprofessor deHarvardensinaqueas tecnolo- giaspassamporestágiosdiferentesantesdeganharespaço nomercado.Começam,algumasdelas,porestágiosemque são consideradas como brinquedos, tamanha inovação e engatinhamento até a fase de maturidade e uso indiscri- minado. Nesse estágio estão ainda tecnonologias como impressoras 3D,moedadigital, carros autônomos, robôs, MOOCs (cursos on-line abertos emassivos), drones etc. É certo que a disrupção digital será inevitável, mas vai variar de setor para setor, de país para país. No gráfico da página66,nota-sequealgunssegmentosnomundointeiro tendemasermaisrapidamentealcançadospeladisrupção, enquantooutrosaindasemantêmresistentesouseminovação. shutterstock
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