Revista da ESPM

MERCADO REVISTA DA ESPM | ABRIL/MAIO/JUNHODE 2018 66 Demodo geral, o que se vê em todos os setores, sobre- tudo nos países desenvolvidos, é um olhar voltado para as tendências tecnológicas como blockchain , chatbots , fin- techs , nanomedicina, nuvemcomputacional, privacidade dedados, publicidadedigital e realidademista. Todo esse pacote tecnológico é seguido por uma grande preocupa- ção coma regulamentaçãodos serviços digitais, alémde uma consciência sobre as novas profissões. Muitos argumentam que a curva da inovação é assim mesmo: traz automatização de tarefas repetitivas e abre vagas que aproveitammelhor a capacidade intelectual do serhumano,proporcionandoatémesmoumaremuneração mais elevada. Mas tambémgera uma preocupação sobre a cadeia produtiva, por conta do desemprego. Portanto, talmovimentoprescindede esforços de treinamentoque vão alémdo indivíduo e precisamincluir tanto o governo quanto o sistema de educação, como apontamas dez ten- dências descritas na reportagem Tecnologia abre espaço para novas profissões , publicada na edição de 2 de janeiro de 2018 do jornal Valor Econômico . Uma pesquisa realizada pela PwC, em conjunto com a universidadedeOxforde focadaemdezmil trabalhadores espalhados por Alemanha, Estados Unidos, Índia, China e Reino Unido, mostrou que 33% dos gestores sentem-se limitados para aderir a novas tecnologias por conta da falta dehabilidades de seus empregados. Nesse contexto, 44%dos fabricantes esforçam-se para desenvolver habili- dades emsua força de trabalho, mesmo empaíses de alta qualificaçãodapopulação, comoéocasodeReinoUnido, Alemanha e Japão. É o que aponta o site Global Manufac- turing , no artigo UK manufacturers are prioritising product quality , escritopor SophieChapman. A pesquisa Workforce of the future — The competing for- ces shaping 2030 , daPwC, tambémenumeraquaispontos devemreceber atençãoredobradadomercadode trabalho e da sociedade nos próximos anos: 1—Haverá,sim,mudançanonúmeroenanaturezadeempre- gosdisponíveis, sobretudopor contadeautomação, robótica e inteligência artificial. 2 — A população está envelhecendo rapidamente, o que irá afetar os modelos de negócios, a definição de talentos e os custos de aposentadoria. Isto significa que os trabalhadores mais velhosprecisarãoaprendernovashabilidadesparaque possamtrabalhar pormais tempo. 3 — Aumento significativo da população concentrada nas cidades, e não mais no campo, clamando esses locais por maiores inovações, do transporte à seguridade. 4—Deveráserampliadooabismoentrepaísesdesenvolvidos eaquelesaindaemdesenvolvimento, sobretudopor contada erosãoda classemédia (que sofre comaperdade empregos). Com a aparição de diversos tipos de emprego em energias alternativas, novos processos de engenharia, design de pro- dutos e gerenciamento e reutilização de resíduos precisarão sercriadosparalidarcomessasnecessidades,principalmente por conta da demanda crescente por energia e água. Deixaclaraasinalização, portanto, dequeaautomação nãoiráalterarapenasostiposdetrabalhodisponíveis,mas seunúmeroevalorpercebidos.Aosubstituirostrabalhado- resportarefasrotineirasemetódicas,asmáquinaspodem ampliar a vantagemcomparativa dos trabalhadores com habilidades de resolução de problemas, liderança, inteli- gência emocional, colaboração, empatia e criatividade. É o que afirma Paul Heiden emseu artigo Industrial Revolu- tion 5.0: The Quiet Revolution , publicadonoúltimomês de marçono siteGlobalManufacturing. Diante desse novo cenário, conclui-se que a tecnolo- gia demanda capacitação para os atuais empregados, com ênfase na procura por profissionais altamente qualificados comconhecimento nas áreas tecnológica, Disruptors Incumbents Music Retail Books/newspaper Insurance Manufacturing Banking Healthcare Education Cars/Taxis Advertising Fonte: ComputerWeekly DISRUPÇÃO DIGITAL POR SETOR

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx