Revista da ESPM

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇODE 2018| REVISTADAESPM 25 RedeGlobomantémotimismo Por Anna Gabriela Araujo e FranciscoGracioso Foto: RamónVasconcelos/Arquivo Rede Globo N o ar desde as 11 horas do dia 26 de abril de 1965, a TV Globo protagonizou grandes momentos da mídia brasileira, desde o tempo em que o rádio era o principal veículo de propaganda do país. Dos primeiros anúncios apresenta- dos ao vivo aos vídeos on-line exibidos no Globo Play, a emissora continua na preferência dos anunciantes. Depois de assistir — e resistir — ao surgimento do e-mail, do comércio eletrônico, das redes sociais e do mobile marketing, a rede de emissoras da família Marinho continua reinando absoluta nos lares brasileiros. Diariamente, a Globo fala com 100 milhões de telespectadores. O último ano da Globo foi marcado por grandes negociações comerciais, como a venda de todas as cotas dos principais projetos da emissora, como a Fórmula 1, a Copa do Mundo e o Futebol, que representam um investimento de R$ 3 bilhões. Para comemorar estas marcas, no final de 2017, a emissora veiculou a campanha “cemmilhões de uns”. A iniciativa também serviu para reafirmar a supremacia do meio TV, que em 2017 recebeu 72% dos R$ 134 bilhões (tabela cheia) investidos pelos anunciantes emmídianopaís, segundo aKantar IbopeMedia. Agora, para manter a liderança em um cenário cada vez mais digital, a Vênus Platinada apresenta aomercado uma nova estrutura de negócios, que busca acompanhar as transforma- ções de tecnologia, linguagens e conteúdos que o universo da comunicação tem sofrido nos últimos anos. No fim de 2017, Marcelo Duarte assumiu a direção-geral de negócios da Globo, posto até então ocupado porWillyHaas — que passa a integrar o recém-criado board executivo denegócios, ao ladododiretor-geral da emissora, CarlosHenrique Schroder. A dança das cadeiras globais faz parte de um processo de reestruturação iniciado em 2013, com o objetivo de adotar novos modelos de atendimento e relacionamento com o mercado por meio da integração das plataformas on e off-line e novos formatos comerciais. “Estamos otimistas, porque este será um ano de muito trabalho, no qual os investimentos em propaganda devem se destacar ainda mais, em razão da recupe- ração da economia e da Copa do Mundo”, avalia Duarte, nesta entrevista. “Não nega- mos a importância de outras formas de comunicação com o público, mas não podemos esquecer que uma das características da TV é o efeito que ela tem sobre as demais mídias, tornando-as mais efetivas.”

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