Revista da ESPM

ENTREVISTA | MARCELO DUARTE REVISTA DA ESPM | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇODE 2018 28 sobre isso, seja ao vivo, seja nas redes sociais ou por mensagens. Revista da ESPM — Por favor, comen- te o fenômeno do mobile — a importân- cia publicitária que este novo veículo está assumindo e as suas perspectivas a curto e médio prazos. Acima de tudo, o senhor vê oportunidades de integração TV/mobile ou ameaças potenciais para a televisão? Duarte — Apesar do aumento do aces- so à internet pormeio de smartphones e tablets, o mobile está muito longe de substituir uma mídia como a TV aberta na construção e fortaleci- mento de marcas, no lançamento de produtos e serviços e na ativação de negócios em larga escala. Não pode- mos confundir ferramenta e mídia, e o celular ainda é essencialmente uma ferramenta de comunicação pessoal. É extraordinária, mas não é necessariamente uma mídia publi- citária eficiente e suficientemente forte para atrair uma quantidade de público que o torne relevante do ponto de vista publicitário. Revista da ESPM — Como usar essa força do celular e integrá-la no plano geral da mídia? De que forma a área co- mercial da emissora já está aproveitan- do o fato para promover ações casadas entre a TV e o mobile? Duarte —Omobile se tornou umgran- de aliado da TV aberta. É mais uma formadedistribuiçãode sinal, permite que as pessoas assistam à programa- ção da TV aberta em qualquer lugar, a qualquer hora e totalmente de graça. A nossa força está no conteúdo de qualidade que produzimos e que hoje está emdiversas plataformas. Alémdo tablet e do celular, tambémestá na TV, na internet, noGloboPlay. Revista da ESPM — O que a Globo pretende fazer para manter a sua supre- macia como veículo de comunicação? Duarte — Trabalhamos todos os dias para vencer o desafio de contar cada vez melhores histórias, levar entrete- nimento e informação de qualidade para todos os brasileiros, de todas as idades. Revista da ESPM — Para encerrar, por favor, compare o desempenho da TV brasileira, seja no conteúdo, seja no apoio à propaganda, com o que vem ocorrendo nos países mais evoluídos em todo o mundo. O que o futuro reserva para a TV aqui e lá fora? Duarte — O conteúdo da programação no Brasil e em outros países reflete a cultura e o momento de cada socieda- de, são bem particulares. No Brasil, a TV é a principal fonte de informação e entretenimento da população. Nosso país está entre os que mais assistem TV: 6 horas e 4minutos emmédia, por dia, em2017. Este tempo era de 5 horas e 57 minutos em 2016. São números que reafirmam a TV brasileira como umfenômenomundial demídia. divulgação Os anunciantes confiamna eficiência da TVaberta como dinamizadora de negócios. Isso é resultado da qualidade de seu conteúdo e da sua forte presença na vida dos brasileiros Atelevisãoéummeioemocionalporexcelênciaeimbatívelparacontarhistórias.As pessoasseenvolvemcomoconteúdodaTV,eissoasaproxima,geraengajamento

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