Revista da ESPM
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇODE 2018| REVISTADAESPM 45 ação. Aqui, na agência, cada núcleo, departamento ou sala de diretor tem uma tela na parede mostrando em tempo real tudo o que está aconte- cendo na campanha de responsabili- dade daquele time. O painel mostra a temperatura das redes sociais, os co- mentários positivos e negativos, tudo o que repercute naquela campanha. Por isso, a tomada de decisão pode ser feita em tempo real. Revista da ESPM — Há mais formas de blindar o cliente de situações indeseja- das namídia digital? Rodrigo — Sim, hoje está mais fácil distribuir a mensagem em canais específicos. Isso custa umpoucomais caro, mas ajuda a evitar esse tipo de si- tuação indevida. Alémdisso, é sempre possível anunciar em portais e canais de conteúdo onde você consegue asso- ciar demaneiramais clara o conteúdo desejado para amarca. Revista da ESPM — Notícia sempre foi uma fonte importante de audiência para o mercado publicitário. Agora que os veículos estão deixando de ser os interme- diários em substituição às redes sociais, o jornalismo perde força ao atrair investi- mento em publicidade, sobretudo com a propagação sem controle de fakenews ? Rodrigo — Eu acho que não. O Nizan Guanaes, fundador da Africa, sempre fala que nunca se leu tanta notícia quanto hoje. O jornal está literal- mente na palma da mão. E até pela característica das redes sociais e das fake news , o usuário está acostumado a buscar fontes mais fiéis para checar uma informação. Folha de S.Paulo , Estadão , grupo Abril, UOL, Globo e os grandes portais de informação ainda são os grandes protagonistas nesse cenário. Semdúvida, temmuita bobagem rolando, mas o usuário vai atrás de fontes confiáveis quando ele precisa conferir determinada infor- mação. Logo, esses veículos acabam ganhando relevância. Revista da ESPM — Keith Weed, principal executivo global de marketing da Unilever, recentemente ameaçou publicamente suspender toda a pu- blicidade em grandes conglomerados digitais, numa alusão ao Google e ao Facebook, caso não haja maior controle de conteúdos ofensivos à sociedade, como pedofilia e incitação ao ódio. O mercado publicitário no geral tem uma visão parecida em relação aos riscos da propaganda nesses meios? Rodrigo — Do ponto de vista do ne- gócio, a grande questão é a aferição das informações de veiculação, pois hoje quem faz essa mensuração são os próprios veículos. Este é o grande problema que as plataformas demídia estão enfrentando, e elas terão de re- solver de alguma maneira. É um fato: está se questionando cada vez mais a qualidade dessa informação. Tem muito dinheiro depositado nessas plataformas eo clientequer saber com exatidão se esse investimento está sendo bem utilizado ou se ao menos está sendo executado da forma como foi planejado. No momento em que você não tem a auditoria de um tercei- ro, cria-se umruído. Revista da ESPM — Institucional- mente, há um movimento de pressão de agências e anunciantes com relação à transparência das plataformas digitais. Como você encara essa questão? Rodrigo — As plataformas terão de lidar com esse problema de auditoria shutterstock De80milhõesdebrasileirosqueacessamregularmenteainternet, 26milhõessófazempormeiodoaparelhocelular
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