Revista da ESPM
ANÁLISE REVISTA DA ESPM | JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2018 106 (IRNI-ESPM). Dessa forma, a ESPM busca oferecer às empresas brasileiras uma ferramenta que amplie o grau de informação sobre o ambiente internacional, para, assim, teremmaiores condições de navegar em tempos de grande incerteza e instabilidade. O Relatório de Risco para Negócios Internacionais foi apresentadoaomercado emumevento realizadonodia 4 demaio, na sede daESPM, emSãoPaulo, que contou com a presença do presidente Michel Temer e de executivos de grandes empresas que atuamno exterior, comoMar- cio Utsch (CEOda Alpargatas), Monica Herrero (CEOda Stefanini) eMarcos Andrade (CEOda ExpoManequins). Segundo os CEOs, o tipo de informação que o novo índice da ESPM traz é de extrema importância para as empresas brasileiras, que passam a ter mais conheci- mento sobre o ambiente internacional e podem tomar conhecimento de possíveis riscos que possam impactar negativamente suas estratégias. A análise e o monito- ramento dos riscos contribuem para que as empresas antecipemdecisões e possam ganhar maior competiti- vidade tanto no Brasil quanto no exterior. Ferramenta de valor OÍndicedeRiscoparaNegócios Internacionais foi criado paramensurar os riscos dos negócios no exterior. Dessa forma, o IRNI-ESPMprecisa ser rigoroso coma informa- ção a ser utilizada na análise. Por isso, os fatores econô- micos, políticos e geopolíticos foram pensados nessa relação, e não em termos absolutos, como ocorre com os outros índices existentes na área. Este foi o ponto que norteou a construção do índice e, consequentemente, a escolha dos países monitorados, além da definição de variáveis, fontes, técnica de imputação múltipla, pon- deração, escala e modelo matemático, que resultaram na pontuação final de cada país. Todos os países analisados pelo IRNI-ESPM recebem notas de 0 a 100 — métrica consagrada no mercado, que traz umentendimento intuitivo e rápido para o leitor. A cada ano, a média é sempre 50. Tal prática faz com que o IRNI-ESPM funcione como uma ferramenta de com- paração entre países emdeterminado ano. Os 47 países selecionados pelo IRNI-ESPM represen- tam83%do PIBmundial, alémde 60,8%das exportações e 63,4% das importações mundiais, de acordo com o World Economic Outlook Database 2017 , do FundoMone- tário Internacional (FMI). Entre os países emergentes, foramselecionadas as economias comProduto Interno Bruto (PIB) acima de US$ 90 bilhões. E, em razão do interesse brasileiro, também foram incluídos no estudo os países da América do Sul. Além disso, para termos uma base de comparação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, os países do G7 também cons- tam do levantamento. O índice é composto por uma vasta gama de variáveis, que aparecem agrupadas em três principais áreas: eco- nomia; política doméstica; e relações internacionais. Essas três grandes vertentes englobam também variá- veis sobre meio ambiente, ambiente regulatório, segu- rança pública e terrorismo. Muitas são as formas com que fatores políticos, eco- nômicos, geopolíticos ou climáticos podem influenciar negativamente os negócios internacionais. Um país pode nacionalizar investimentos feitos por estrangei- ros por meio de uma expropriação de bens; um movi- mento popular pode, por razões ideológicas, destruir shutterstock . com Aanálise e omonitoramento dos riscos contribuempara que as empresas antecipemdecisões e possamganhar maior competitividade Umgovernoprotecionistapodeerguer barreiras paraa importaçãodeprodutosestrangeiros, tornandoa competiçãodesigual paraosprodutores internacionais
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