Revista da ESPM

ANÁLISE REVISTA DA ESPM | JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2018 108 os recentesproblemasparaa formaçãodogoverno, a crise de refugiados eaeconomiapoucodinâmica. Alémdisso, o paístemproblemasdesegurançapúblicaeriscosclimáticos queimpactamsuanota.Porémnenhumdosfatoresmencio- nadospodeser consideradocalamitoso,masoagregadode diversos indicadores comnotasnão tãoboas fazcomquea Itália destoe umpoucodos outros países doG7. NocasodosBrics, o índicemostraestabilidadeao longo dos anos, além de índices bastante similares. Os princi- pais aspectosqueafetamospaísesdosBrics são: aaltacor- rupção; a baixa eficiência da performance regulatória; e a insegurançapública.Demaneirageral, aChinasedestaca, especialmente, pela sua situação econômica. Entretanto, o alto grau de regulação do ambiente de negócios e fato- res políticos afeta negativamente a sua posiçãono índice. A percepção sobre a alta corrupção e a ineficiência das políticas públicas também afetam negativamente os investidores no Brasil e na África do Sul. Além disso, os altos índices de criminalidade em ambos os países são fatores que aumentam o risco no país. Entre os países da América Latina, as questões liga- das à segurança pública gerammaiores preocupações para o empresário. Isto ocorre principalmente devido aos altos índices de criminalidade empaíses comoEqua- dor e Argentina, com taxas de roubos de 571 e 1.021, res- pectivamente, no ano de 2015, segundo o relatório Data and Indicators , do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Nestes países, setores econô- micos que dependem da malha rodoviária local para o escoamento dos seus produtos tornam-se vulneráveis ao expor suas cargas a possíveis roubos, por exemplo. Na América Latina, o Chile se destaca pela estabili- dade institucional, menor corrupção, baixa intervenção estatal na economia emenor insegurança pública, sem- pre comparativamente aos seus vizinhos. Entreospaísesqueapresentamos riscosmais elevados para negócios estão Angola, Iraque, Venezuela, Sudão e Irã. Alémdos problemas políticos, econômicos e de segu- rança que esses países notoriamente apresentam, há tambéma questão da falta de dados para os indicadores. Seja propositalmente ou por conta de dificuldades insti- tucionais, muitas das variáveis do IRNI-ESPM acabam ficando comdados faltantes. Isso é também informação para o tomador de decisão emnegócios estrangeiros, pois traz insegurança para os investimentos. Os 47 países selecionados pelo índice representam83%do PIBmundial, alémde 60,8%das exportações e 63,4%das importaçõesmundiais ESPM-IRNI 2017 100 50 0 Itália França Japão Canadá Alemanha Reino Unido Estados Unidos 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 10 20 30 40 60 50 China Brasil África do Sul Rússia Índia 0 10 20 30 40 60 50 80 70 Venezuela Argentina Equador Bolívia Colômbi Brasil Peru Paraguai Uruguai México Chile MAPA – ÍNDICE DE RISCO PARA OS NEGÓCIOS INTERNACIONAIS ESPM Escala de 0 a 100 – sendo 0menor risco e 100maior risco ÍNDICE DE RISCO ENTRE OS PAÍSES DO G7 Escala de 0 a 100 – sendo 0menor risco e 100maior risco Fonte: RAIA-ESPM, 2017 Fonte: RAIA-ESPM, 2017

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