Revista de Jornalismo ESPM

REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 49 suavez, gerou951milhõesdesessões. NasTVsabertasefechadasaexplo- são de audiência se repete: somando Globo,SBTeRecord,líderesnacidade de São Paulo, alcançaram quase 20 pontos no Ibope com telejornais matutinos.JáocanalGloboNewsatin- giuonúmerorecordede 18,5milhões de telespectadores emmarço. Eessefenômenonãoéexclusividade do Brasil: se repete em todos os paí- sesdoOcidente,ondesepraticaalivre imprensa. Sejapara saber de verdade oquesepassa,sejaparasabercomose prevenir ou como agir, emtempos de isolamento(emedo), aspessoasestão aprendendo(ouvoltando) aenxergar adiferençaentre informação, opinião e fake news – e a reconhecer o que pode fazer o bom jornalismo. Afinal, nos dias que correm, informação de de gostar ou não da informação (ah, sim: também virou modinha). Pessoas estão realmente se conta- minando. Hospitais estão realmente cheios. Realmente não há remédios ou vacinas que previnamo contágio. Ainda não existem realmente remé- dios comprovadamente eficazes em larga escala. Pessoas estão realmente morrendo. Existem realmente com- portamentos de maior e de menor risco. Realmente é preciso que cada umfaçasuaparte–seisolando,sepro- tegendo, protegendo outras pessoas. “Quemprova isso?”, aindapergun- tam alguns incautos. O jornalismo – respondocomabsolutatranquilidade. Para quem acredita no que diz ou compartilha o “primo-da-amiga-do- -vizinho-do-rapaz-que-cortou-o- -cabelo-da-vizinha-do-meu-amigo- -que-trabalha-não-sei-onde”, o des- confiômetrosópodeestardesregulado. Jornalistas têmnome eRGe assu- mem publicamente o que dizem, escrevem, publicam, televisionam– bem como as empresas com CNPJ e endereço conhecido para as quais trabalham. É possível até discordar da abor- dagem jornalística dada pelos veícu- los, comoquerernotícias sobrequan- tos se curaram e não sobre quantos morreram. Mas amatéria-prima, em ambos os casos, seja olhando o copo meiocheiooumeiovazio, éamesma: fatos,informações,apuração...Efontes que tambémtêmnomeeRG, ganham a vida estudando o assunto sobre o qual estão falando e, principalmente, assumempublicamenteoquedizem. Eessa “pequena”diferençaparece estar fazendouma enormediferença para as pessoas (as sensatas, que não brigam com fatos) no momento em que informação correta, bem apu- rada e confiável pode ser o fiel da balança entre se expor ou se prote- ger, fazer o certo ou recorrer a cren- dices, viver oumorrer. E não sou eu quem diz: são os números... Campeões de audiência Nofimdemarço,aaudiênciadoscon- teúdosjornalísticosregistrouaumento de acessos – que se mantiveram ao longo de abril. Portais dos jornais O Estado de S.Paulo , O Globo e Folha de S.Paulo , bem como portais como UOL e G1, viram sua audiência dis- parar em picos históricos no mês de março, quando a pandemia deu seus primeiros sinaisnoBrasil. Somente O Globo teve235milhõesdeacessos até o dia 28 – com 71 milhões de visitan- tes (enquanto a Folha digital recebeu 70milhões).OconteúdodoUOL, por ILUSTRAÇÃO: SAULO CRUZ

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