Revista da ESPM JUL_AGO_SET 2020 web

JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 35 mercado financeiro. Omundo entrou em outro ciclo, e o lado negativo é que tudo isto custará muito caro para muitos. O lado positivo é que os fundamentos da gestão de negócios e de empresas voltam a ser valorizados, e amargemdeixará de ser coisa de rio, na expressão dos jovens empreendedores. E o back to basics voltará a ser valorizado e parâmetro de decisões de médio e longo prazos, sem desvalorizar a força da inovação tecnoló- gica, transformadora do mercado. Aindaquea reduçãodas taxasde jurosnoBrasil recon- figure uma nova realidade e haja significativa demanda para aplicações commaior risco, estimulando investi- mentos emnovos negócios, existe umemergente repo- sicionamento na análise e validação de empreendimen- tos, especialmenteos ligados à tecnologia, considerando seus resultados efetivos. • 15. Ser empresário ou empreendedor. Nada será como antes... para ninguém! Paramuitos empresários, essa foi aprimeira emais séria crise enfrentada na condição de empreendedor. Ainda que o digital possa reduzir distâncias, ele não elimina o isolamento de quemestá no comando, especialmente quando a crise tem as dimensões e os impactos que a atual trouxe consigo. Muitos irão considerar seriamente a possibilidade de voltar à condição de empregados. O problema é que, estruturalmente, seus empregos do passado já nãomais existem. Vivemos uma profunda e ampla transformação estrutural do emprego por conta do avanço da tecnologia e da reconfiguração do mer- cado. E agora, para muitos, caiu a ficha de que, como tudo na vida, existemônus e bônus emtudo que envolva negócios. E isso cria uma nova realidade, fazendo emer- gir uma geração de novos empreendedores forjados na maior crise recente da humanidade. • 16. Cresce ainda mais a importância do propósito, não só na teoria, mas também no propósito em ação Esse movimento também estava bem definido, espe- cialmente a partir dos últimos anos, quando empresas e marcas se deram conta de que gerações emergentes cobravam delas ummaior compromisso com o social e o coletivo. A atual crise tornou essa demanda mais forte, pois ações, iniciativas, comunicação e relacio- namento tornarammuitomais relevante a demonstra- ção desses compromissos, não como simples discurso em meio à pandemia, mas também de forma estraté- gica, estruturada e genuína. Ao contrário, empresas e marcas que não têm o aval de suas histórias ou ações estruturais e efetivas nessa direção precisam ter muito cuidado para não serem expostas e vistas como opor- tunistas pelos consumidores cidadãos que estão mais sensíveis e atentos a esses aspectos. Os impactos que esses e outros fatores trarãona recon- figuraçãodomercadoenanova realidadedoconsumo,das marcas,dos canais e do varejo estão ainda sendo equacio- nadasnoprocessodinâmicoe cada vezmais aceleradode transformação no qual vivemos. Cabe às empresas avaliar emsua realidade como esses e outros fatores interferem nos seus negócios, imagem, vendas, resultados e valores, presentes e futuros, precipi- tandoumaprofundaeampla reflexãoestratégica,também essa incorporando elementosmais flexíveis e adaptados ao novo contexto. Marcos Gouvêa de Souza Fundador, sócio e diretor-geral da GS&MD Gouvêa de Souza Empresas como Magalu, Americanas, Carrefour, Via Varejo, Telhanorte, Boticário e Natura foram ágeis em perceber e atuar de forma decisiva para oferecer soluções diferenciadas para o mercado shutterstock . com

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