Revista da ESPM JUL_AGO_SET 2020 web

JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 57 Éhorade fazer o extraordinário! Pós-Covid-19: como as empresas podem liberar o potencial de reposicionar o trabalho? PorGeorgeW. Brooks,MarceloGodinho eOliverKamakura E mbora as organizações tenham respon- dido de maneiras distintas aos desafios da Covid-19, há um tema comumentre aquelas que aparentemente conseguirammelhores resultados. Elas ancoraramsua atuação emoito caracte- rísticas que permitemàs pessoas fazer o extraordinário: confiança, propósito, cooperação, imaginação, resiliên- cia, compaixão, felicidade e práticas transformadoras. Estas oito capacidades, quando ativadas em conjunto, liberam o melhor de indivíduos, equipes e instituições. Como indivíduos, pressionamosobotãode reset . Temos agora um foco renovado emnossa saúde, nas necessida- des e nos cuidados básicos. Reconhecemos adequada- mente os heróis emnossomeio — profissionais de saúde e segurança, produtores de alimentos, transportadores, atendentes de farmácias e supermercados, alémdos inú- meros voluntários que ajudaram seus amigos, vizinhos e grupos de risco durante esse período difícil. Reconhe- cemos também o valor do emprego e da produtividade. Temos umnovo apreço pelas relações humanas — famí- lia, amigos e colegas de trabalho. Descobrimosmaneiras de inovar e seguir adiante. Por outro lado, quando as empresas apertam o botão de reset , têm a oportunidade de sustentar as melhorias aceleradas que fizeram. Precisam não apenas mudar, mas também transformar a maneira como mudam. As prioridades estratégicas, que poderiam levarmeses para semanifestareme anos para seremexecutadas, aconte- ceramemquestão de semanas. Odesafio agora émanter o momentum . Como tomar as decisões corretas? Como capturar o elemento humano e torná-lo parte dos crité- rios e processos de tomada de decisão? Na EY, acreditamos que as respostas a estas perguntas estão na capacidade de a empresa ancorar suas decisões nas oito características que permitemàs pessoas perse- guir o extraordinário. 1. O conjunto de prioridades estratégicas que podem transformar o futuro do trabalho Como as empresas podemliberar esse potencial humano para realizar oextraordinárioecriar valorno longoprazo? Simplificando, priorize as pessoas. Como descreve Mike Bertolino, lídermundial da prática de People Advi- sory Services da EY, em How long-term value fits into the short-term Covid-19 imperative , “na era da Covid-19, as organizações devem continuar situando as pessoas em primeiro lugar, a fimde gerar valor em longo prazo”. Cha- mamos esse movimento de “posicionar os humanos no centro” e é um dos nossos três direcionadores de trans- formação, juntamente com tecnologia e inovação, rela- cionados por Bertolino, Amy Brachio e Dan Higgins no estudo How can you transform frommarket leader tomarket maker? , publicado no dia 23 de junho de 2020. O processo pode ser desenvolvido a partir de cinco prioridades estratégicas: PRIORIDADE 1 O FUTURO DO AMBIENTE DE TRABALHO • Repensando o ambiente de trabalho Para começar, as instituições devemdefinir sobre onde querem estar e como usar o espaço físico para incenti- var colaboração, mentoria e felicidade. Isso requer deter- minar as localidades consideradas centrais para faci- litar a conexão com clientes e entre os colaboradores. Também é preciso repensar a frequência e a finalidade da presença física dos colaboradores no local de traba- lho. O acesso aos escritórios temde ser diário, semanal,