Revista da ESPM JUL_AGO_SET 2020 web

JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 67 décadas, como objetivo de desenhar ummodelo, capaz de conciliar a profundidade das representações arquetí- picas como propósito estratégico da inovação, de forma criativa, lúdica e engajadora. Amotivação foi a de apontar o “caminho das pedras” (simples e seguro) para a condução das transformações corporativas sustentáveis, norteadas pela concepção de cenários futuros. Oresultadodessa inspiradoravisãoéomodelo “Future castles’stones” e suas nove pedras arquetípicas que fun- damentam a construção dos castelos do futuro*. Nele, consolidamos a jornada arquetípica de trans- formação, representada pelos 22 arcanos maiores do Tarô, em nove passos, ou marcos de observação, tam- bém arquetípicos a priori . O caminho das pedras A metodologia que sugerimos para antevisão de cená- rios futuros parte dosmarcos de observação (as pedras). Do topo de cada pedra podemos contemplar cada uma das facetas arquetípicas do processo de transformação e identificar os indícios futuros e seus caminhos de conflu- ência, compreendendoanaturezadas forçasmotivadoras, aconfiguraçãodocontextoeasperspectivasdemudanças. A figura a seguir ilustra como os 22 arcanos maiores estão associados aosmarcos de observação que, por sua vez, estão agrupados nos três fatores explicativos que mencionamos anteriormente. Definimos nove marcos de observação: momento, prontidão, intenção, significado, fator humano, Zeit- geist, conformação liderança e resultado. Cada umdessesmarcos é umconvite para observar o mundo a partir de perspectivas essenciais ao processo de transformação. Osmarcos direcionama captura de indícios de trans- formação e manifestações de tendências, que nos aju- dam a identificar as vertentes impulsionadoras dos cenários possíveis. • Momento: deste ponto de observação, buscamos identificar os indícios que representem a motivação para mudança e seus pontos focais. • Prontidão: daqui analisamos os recursos que estão presentes, ou emvia de disponibilização, capazes de dar suporte à inovação ou inspirar transformações. • Intenção: procuramos identificar as reais intenções dos potenciais agentes promotores da transformação. • Significado: investigamos como cada possível trans- formação será percebida pelos stakeholders , identifi- cando a afinidade da sociedade e dos ecossistemas de negócio com as propostas inovadoras. • Fator humano: avaliamosadisposiçãodos indivíduos para aceitar e apoiar as propostas transformadoras. • Zeitgeist: analisamos o sincronismo temático das transformações possíveis com o espírito do tempo presente (Zeitgeist), que confere a perspectiva de coesão e coerência aos acontecimentos. • Conformação: avaliamos tudo o que precisará ser alterado nos ecossistemas e na sociedade para abrir caminho para as transformações. • Liderança: avaliamos a competência dos agen- tes promotores das transformações, seu poder de influência e suas estratégias para conduzir as transformações. • Resultado: determinamos as métricas para a justa avaliação, o reconhecimento emeritocracia aplicada

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