Revista da ESPM JUL_AGO_SET 2020 web
JULHO/AGOSTO/SETEMBRODE 2020| REVISTADAESPM 71 Umpanoramadomarketing eda publicidadenoBrasil e as tendências paraa retomadado crescimento Oconsumo demídia e a forma como ela é consumida hoje demonstramque o consumidor está cada vezmaismulticonectado e atento ao que asmarcas estão fazendo e como elas podemcontribuir paramelhorar esse cenário de incertezas PorMelissaVogel D esdeo iníciodapandemiadonovocoronaví- rus, estamosvivendoumasituaçãosempre- cedentes, que impactou diretamente nossa rotina, nossos hábitos e, claro, a forma que consumimos mídia. Apesar das incertezas que o cená- rio apresenta, já é possível fazer uma leitura das princi- paismudanças que a sociedade enfrenta. AKantar Ibope Media vem analisando esses impactos socioeconômi- cos sob diferentes aspectos, para entender o quemudou e como a indústria de mídia deverá atuar diante de tan- tas novidades. Vimos muitas das pessoas intensificarem e outras tantas “aprenderem” a pedir delivery, realizar pagamen- tos por meios eletrônicos, optar pelomercado do bairro para evitar a aglomeração de pessoas, descobrir a video- chamada como forma de se aproximar da família e dos amigos, alémde transformar a casa emuma extensãodo escritórioeda escola. Éclaroque tudo issogera impactos. Do ponto de vista de consumo demídia, a comunicação dasmarcas e as estratégias dos anunciantes tiveramde ser repensadas para a nova atualidade. Todos os meios foram impactados, em intensidades e períodos diferen- tes, devido às restrições impostas pelasmedidas de dis- tanciamento social e isolamento. Para analisar investimentos publicitários, é impor- tante avaliar como eles se comportam ao longo do ano. A tendência que temos acompanhado há alguns anos é que esse investimento começa tímidonos dois primeiros meses do ano e aquece entre março e abril. A partir de maio, as aplicações decolam, culminando como pico do primeiro semestre em junho. Em julho, época de férias, os investimentos publicitários desaquecem um pouco, mas nomês seguinte as atividades voltama crescer, atin- gindo o pico do ano nos meses de outubro e novembro. Apesar da pandemia, não podemos ignorar o impacto desse fluxo no que registramos de investimentos no semestre. Assim, janeiro de 2020 iniciou tímido, com crescimento (4%) menor que a inflação, quando com- parado a igual período do ano passado, mas fevereiro registrou umdesempenho relevante, comum aumento de 10% em relação a fevereiro de 2019. Em março, com o início do isolamento social, já foi possível sentir os impactos da pandemia: o mês fechou com investimen- tos 2,7% menores que fevereiro. De modo geral, após o principal impacto de queda em abril, os investimentos semantiveramestáveis emmaio e apresentaramos pri- meiros sinais de recuperação em junho, seguidos pela estabilização em julho. Semdúvida, omeiomais impactadopelo atual cenário foi ocinema, que, depoisde receber 15,9milhõesde inser- çõespublicitáriasem2019, zerouentreosmesesdemaioe abrilcomofechamentodassalasdeexibição.Noentanto,já estamosvendoumamovimentaçãodareaberturadosetor audiovisual em outros países e aqui, no Brasil, algumas
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