Revista da ESPM
REVISTA DA ESPM | JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇODE 2020 58 CA IO Z I RL I S | AMCHAM Melhordoque tentar sozinho éaprender comquemjá fez! Ex-aluno de RI da ESPM, Caio Zirlis ensina como construir uma carreira de sucesso: “Os jovens precisam parar de achar que serão eternos estagiários e passar a acreditar mais no seu potencial e na expansão de seus conhecimentos!” Plano inicial “Quando me formei no ensino médio, fiz um intercâmbio e voltei ao Brasil pensando em fazer algo relacionado à política internacional. Conversando com um professor de cursinho, ele me deu a dica de que a ESPM tinha um curso de Relações Internacionais voltado para o mercado. E, como na época eu não tinha compreensão do que era o mercado, de como o sistema era estruturado ou como ocorriam as dinâmicas de governança e de poder do mercado, em 2014 eu resolvi fazer RI na ESPM. E de lá saí, em 2019, com uma compreensão maior e mais clara do que é o mercado e como posso servi-lo, atuando na área de relações internacionais.” Sonho versus realidade “O que levei de ensinamento da Es- cola para a vida? Muitas coisas. Mas, sem dúvida, a maior delas foi enten- der e ter o professor como um amigo, um parceiro que pode te ajudar não só na faculdade, mas durante a vida! Até o ensino médio, eu enxergava o professor como uma autoridade em determinado assunto, que não po- dia ser questionada, apenas ouvida. Na ESPM, aprendi a me relacionar com esses mestres e a enxergar cada um deles como um especialista que passa o conhecimento para você de forma construtiva e não imposta. A partir daí, passei a ver o corpo docente como um aliado, um amigo que entende parte de suas angústias e aflições e é capaz de dar uma dire- ção à sua carreira, ensinando como pensar num problema, priorizar as resoluções para esse problema, usar as ferramentas certas e construir um pensamento crítico.” A prática da teoria “No quinto semestre da ESPM, come- cei a trabalhar na empresa do meu pai, por acreditar que não iria conse- guir estágio na minha área. Até que a Amcham Brasil me chamou para estagiar no departamento de comér- cio internacional, em um projeto es- pecífico de atração de investimentos. Fiquei dez meses nessa área e depois fui transferido para a área de relações governamentais, onde fui efetivado como analista júnior. Um ano depois, fui promovido para analista pleno, em uma época bastante desafiadora, que coincidiu com uma série de mudan- ças na diretoria, representando uma grande oportunidade para a minha carreira. Nessa ocasião, pude assumir novos desafios, ter mais responsa- bilidade e realizar mais entregas. Foi o período em que mais aprendi profissionalmente. Tempos depois, a Amcham reestruturou a área de relações governamentais e acabou contratando José Luiz Pimenta, que é professor do curso de RI, como geren- te executivo da minha área! Hoje, sou o analista sênior dessa área.” O futuro da carreira “Vejo a academia e as instituições de ensino como imprescindíveis para qualquer profissional que quer ser bem-sucedido na carreira. Afinal, melhor do que tentar fazer sozinho é aprender com quem já fez! Depois que saí da ESPM, eu fiz um curso de advo- cacy hub — que é bem específico para a área em que eu atuo. Mas o futuro da minha carreira certamente perpassa pela academia. Tenho planos de fazer um mestrado voltado para políticas públicas, relações governamentais ou ciência política. Ainda estou ana- lisando qual dessas três opções fará mais sentido para a minha carreira. A ideia é virar especialista e no futuro trabalhar com política da forma mais direta possível. E esta é uma área que demanda atualização constante de conceitos, técnicas e estratégias da academia.” Lição de vida “Muitas vezes, o aluno não acredita que vai ser um profissional bom ou imagina que vai ficar muito tempo trabalhando como estagiário. Eu pensava assim, mas quando ingressei nomercado, notei que, na realidade, o que ocorre é justamente o contrário. Eu estava preparado para o cargo, só não conseguia enxergar isso naquele momento da minha vida. Ao longo dos anos, a faculdade nos expõe a situações, exercícios, dinâmicas, pro- vas, debates e a um mundo de conheci- mentos e habilidades que nos preparam justamente para atuar no mercado de trabalho. O que nos falta é a capacidade de assumir responsabilidades, no senti- do de entender e mudar certos tipos de comportamento para crescer na carrei- ra. Muitas vezes, são pequenas atitudes que precisam ser ajustadas ou mudadas para que você se torne um ótimo profis- sional. No meu caso, eu entendi que pre- cisava ler mais notícias, assistir a mais telejornais e prestarmais atenção ao que o governo fala.”
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