Revista da ESPM

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇODE 2020| REVISTADAESPM 97 Suamissão é lapidar diamantes! Por Anna Gabriela Araujo e FranciscoGracioso Foto: Divulgação Q uando o engenheiro mecânico Carlos Augusto Junior ingressou na Atlas Schindler, jamais imaginou que emduas décadas estaria comandando a área de recursos humanos da maior empresa em transporte vertical do Brasil. O plano inicial era seguir carreira pelo mundo das ciências exatas, mas um programa de educação continuada da companhia criou novas oportunidades para Carlos, que enveredou para a área de humanas e hoje ocupa o cargo de diretor de pessoas e comu- nicação da Atlas Schindler. “Este é um casamento de 23 anos, cujos votos são renovados a cada ano, com novos desafios e inúmeras oportunidades de crescimento profissional e pessoal”, comenta o profissional cuja trajetória é um retrato fiel do plano utilizado pela companhia para reter seus talentos. “Aqui, os profissionais ficam emmédia 10,5 anos co- nosco, sendo que esse índice sobe para 16 anos entre os cargos de liderança.” Segundo ele, o turnover baixo é consequência de duas características percebidas por aqueles que vestem a camisa da Atlas Schindler: “o clima organizacional, que no Brasil representa um dos níveis de engajamento mais altos do mundo, e a quantidade de be- nefícios — incluindo cursos, experiências e treinamentos — que a empresa oferece”. Um exemplo disso é o Radar de Talentos, que recruta e treina os profissionais com perfil de liderança e os acompanha até o momento em que são promovidos a líderes. Outra práti- ca que ajuda a reter talentos na organização é o programa de estágio, “um investimento do nosso presidente, Flavio Silva, que aposta no poder dessa iniciativa, uma vez que ele próprio iniciou sua carreira como estagiário e hoje comanda uma das cincomaiores ope- rações do grupo Schindler no mundo”. Nesta entrevista, Carlos detalha as estratégias para manter elevado o nível de en- gajamento de seus funcionários e, consequentemente, o baixo turnover da companhia centenária que todos os dias move um bilhão de pessoas em mais de cem países. “No futuro podemos ter contratos de trabalho mais flexíveis, líquidos e fluidos, o que não irá alterar a importância de investir na progressão da carreira — algo que está completamen- te associado à estabilidade financeira”, explica o executivo. “Aminha geração estava pre- ocupada em acumular bens. Já a nova geração é mais focada na realização de sonhos e propósitos. Mas, em ambos os casos, você precisa ter certa estabilidade financeira para sustentar seus sonhos e atingir os objetivos!”

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