Revista de Jornalismo ESPM

REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 25 Patrice Peck e EmilyAtkinusamo Substack para divulgar seus textos,mas reclamamdo excesso de trabalho e da falta de interação da redação ram os fundadores. “Democratizar esse futuro com base em assinatu- ras permitirá que mais gente tenha mais renda escrevendo sobre coisas que realmente importam. E coloca o destino damídia nas mãos certas.” Parafazeressefuturochegar,foram buscar colaboradores. Oprimeiro foi Bill Bishop, queMcKenzie conhecia dos tempos deHongKong. Bishop já tinhaumanewsletter bempopular, a Sinocism, na qual analisava notícias relacionadas à China; não cobrava, mas estava pensando em erguer um paywall.Oautoraceitoulevarsuabase de assinantes (30mil leitores) para o Substack.Nodiada estreia, emoutu- brode 2017, seuboletiminformativo passoua faturar na casados seis dígi- tos (Bishop tambémvirouuminves- tidor-anjo do Substack). No segundo semestre de 2018, os fundadores pediram (e consegui- ram) capital-semente da acelera- dora Y Combinator, que ajuda star- tups a decolar. Em meados de 2019, anunciaramque tinhamcaptadoUS$ 15,3 milhões em recursos da Série A – uma rodada de financiamento liderada pela firma de venture capi- tal Andreessen Horowitz. “O Subs- tackpode solucionar questões estru- turais entre editores/autores e leito- res de modo a alinhar os incentivos de todos eles”, escreveu, à época, AndrewChen, sócio da Andreessen Horowitz. E arrematou: “A próxima geração damídia está sendo erguida neste momento”. Chen entrou para o conselho do Substack, que alugou umespaço para a sede emSan Fran- cisco. Com mais gente ingressando no Substack, a empresa passou a ser elogiadapor jornalistas. “OSubstack é uma alternativa radicalmente dis- tinta, na qual a ‘empresa de mídia’ é um serviço e os jornalistas estão no comando”, escreveu Ben Smith no NewYork Times . Umartigo na Taste Mediaque sagravanewsletters como o futurodo jornalismogastronômico diziaqueoSubstackestá“permitindo que vozes sejamouvidas – por meio de ferramentas editoriais simples e gratuitas –, mas também que auto- resapertemobotãodamonetização”. Emabril de 2019, AlexKantrowitz escreveu no BuzzFeed que “news- letters pagas por e-mail podem dar dinheiro de verdade para auto- res com uma base pequena e cativa de assinantes”; em 2020, Kantro- witz anunciou que estava saindo do BuzzFeed para lançar umSubstack. IncluindoMcKenzie, hoje com40 anos, Best, com34, e Sethi, 32, o time agora tem17 pessoas. Quando a pan- demia se instalou, o aluguel da sede não foi renovado. McKenzie e Best falaramcomigo por Zoom, cada um no espaço de trabalho que tinham armadonas respectivas casas. Ambos vestiam uma camiseta cinza, o uni- forme de tododia dos fundadores de startups demídia em tudo quanto é lugar; Best estava deixando a barba crescer.Avidadosdoismudaramuito desde o começo de 2020 ¬ não só por causa do coronavírus, explica- ram; os dois tinham virado pai (“o Chris e eu temos competição de REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTY1