Revista de Jornalismo ESPM
REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 55 fimNetto aGuidoMantega, deNel- son Barbosa a Affonso Celso. No meu canal só não tem espaço para nazifascista e gente que defende o negacionismo.” Hoje, seu canal no YouTube tem 612 mil inscritos e é administrado por sua esposa, a jornalista Leticia de Castro Villa, que edita e divulga os conteúdos tambémno Instagram, no Twitter e no Facebook, além de cursos de história. “O futuro do jor- nalismo passa pelas redes sociais. Hoje, o Brasil vive uma das piores fases da história, com a crise eco- nômica agravada pela pandemia, o momento de muita tensão polí- tica e polarização de baixo nível, a falta de lideranças políticas quali- ficadas e o caos social gerado pela inseguranca alimentar que atinge 110 milhões de brasileiros. E ainda temos de combater as fake news plantadas na mídia pelo gabinete do ódio. Essas questões precisam ser enfrentadas, a começar pela res- ponsabilização de concessionários de rádio e TV que ajudam a espa- lhar notícias falsas. É preciso esta- belecer novas regras de concessão dos meios e punir os envolvidos. Isso é intolerável e um crime con- tra a nacionalidade. Teremos uma década muito difícil.” Para quemestá ingressando agora nomeio, Villas deixa a seguinte reco- mendação: “Estamosnomeiodeuma revoluçãotecnológica,queafetatodas asáreasdaeconomia.Masoprofissio- nalsempreterámercado.Eaprimeira receitaparaconquistar seuespaçono meio é estudar e dominar seu objeto de estudo. Este é umprocesso longo, de anos, já que não se aprende por osmose! A boa notícia é que o You- Tubeéumaverdadeirauniversidade. Leia muito e nunca pare de estudar. Só estando bem informado, você irá conseguir praticar o jornalismo, que eu defino como o real compromisso coma cidadania. Emumpaís comoo nosso, esseexercícioéalgorealmente revolucionário!” A prática da teoria AjornalistaMariaElisabeteAntonioli apoiae incentivaessemovimento: “O jornalismo,enquantoatividadeprofis- sional, carrega os componentes téc- nico e metodológico, pois toda pro- dução jornalística tem seu próprio método que percorre etapas a partir da pauta até a publicação damatéria. Observa-se, ainda, queessaprodução é orientada pelo compromisso ético e o interesse público.Nesse sentido, a importânciadaexigênciadeumcódigo deontológico da profissão”, ressalta a coordenadoradocursodeJornalismo daESPM, queesteanocompletauma décadaformandoprofissionaiscapazes de transformar negócios e contribuir paraaevoluçãodasociedade.“Essaati- vidade,enquantoumofícioderelevân- ciasocial e, aomesmotempo, inserida em empresas de mídia, enfrenta con- tradições quemuitas vezes advêmde conflitos gerados comoutras áreas. A tão discutida relação entre Estado e Igrejanojornalismo.Portantoadimen- sãodo jornalismoé ampla. Esuadefi- nição também. Aliás, vai alémdeuma simples definição, pois trata-sedeum ‘campo’, digamos assim, que compre- ende uma cultura própria, mudanças estruturais, processos sociais, anseios empresariaisetantosoutrosfatoresque convivemcotidianamentecomopro- fissional. Contudo uma definição que moveosjornalistas,comcerteza,éade GabrielGarciaMarques:‘Jornalismoé amelhor profissão domundo’.” ■ anna gabriela araujo é editora-assis- tente da Revista de Jornalismo ESPM Mara Luquet e Marco Antonio Villas estão entre os profissionais que usam as novas mídias para divulgar notícias, entrevistas e análises DIVULGAÇÃO REPRODUÇÃO /YOUTUBE
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTY1