Revista de Jornalismo ESPM

30 JANEIRO | JUNHO 2022 por kyle pope desde que a rússia declarou guerra à ucrânia, as tropas invasoras foram fechando o cerco e seus ataques ficando cada vezmais letais. Jornalistas locais e estrangeiros em solo ucraniano passarama se questionar até que ponto era viável encarar o risco e de onde seria possível cobrir o conflito damelhormaneira. Eleanor Beardsley, correspondente daNPR, estava entre esses jornalistas e conversou comKylePope, editor e publisher daCJR, para o podcast Kicker. A jornalista, que foi entrevistada enquanto tentava deixar o país, falou sobre a guerra que testemunhou e a decisão de partir. Eleanor Beardsley: Está me ouvindo? Kyle Pope: Sim, pode falar. Eleanor Beardsley: O.k., estou indo embora hoje. Kyle Pope: Você está em um carro com um colega da NPR? Eleanor Beardsley: Sim, estão tentando tirar a gente pela Hungria, estamos na estrada, nas montanhas dos Cárpatos. Vamos pegar umônibus até a fronteira da Hungria. De lá, vamos atravessar a pé e pegar outro ônibus até Budapeste. Se tudo der certo, amanhã estou em um voo para Paris. Ahora certa de partir Eleanor Beardsley, correspondente da NPR, fala sobre a arriscadamissão de cobrir a guerra e a difícil decisão de deixar a Ucrânia Kyle Pope: A caminhada é longa? Eleanor Beardsley: É só atravessar a fronteira, não acho que sejamuito longa. Bom, na verdade, não sei, pode haver uma multidão na fronteira. O que estamos fazendo é tentar pegar o ônibus para chegar lá, e aí vamos ver. Parece que temmenos gente do que na Polônia. KylePope: Eonde você estava antes? Eleanor Beardsley: Bom, antes disso tinha pego um voo para Kiev na sexta-feira, dia 18 de fevereiro, e fiquei uns dias em Kiev. Dali fui parao leste, rumoaoDonbass, e cheguei perto da república separatista, a umas cidadezinhas a menos de 20 quilômetrosdalinhadefrente.Acabei nãochegandoàs trincheiras oucoisa parecida, mas fui ao leste e de lá fui

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