Revista de Jornalismo ESPM

REVISTA DE JORNALISMO ESPM | CJR 37 nova, que trabalhavam para a Fox News; o fotojornalista lituano Mantas Kvedaravicius; e o fotojornalista ucraniano Maks Levin, que, assim como Hudenko, foi inicialmente dado como desaparecido — foram mortos enquanto cobriam o conflito ou em alguma atividade ligada ao trabalho. OCPJ ainda investiga a morte dos outros seis jornalistas (Oksana Haidar, Roman Nezhyborets, Viktor Dedov, Yevhenii Bal, Zoreslav Zamoysky e Vira Hyrych), embora pelo menos três deles, incluindo Hyrych, jornalista da Radio Free Europa/Radio Liberty, bancada pelos Estados Unidos, pareçam ter morrido em casa, vítimas de bombardeios. No início do mês passado, escrevi que Kvedaravicius — que teria sido assassinado por forças russas em Mariupol — fora, pelos meus cálculos, o primeiro jornalista morto durante o trabalho fora da zona de Kiev. Com a notícia de Hudenko, esse primeiro também pode mudar. Na mesma matéria do mês passado, escrevi que a distinção entre jornalistas sendo atacados no trabalho e sendo mortos em ataques gerais a civis, embora factualmente importante, tinha um caráter secundário, já que o jornalista é um civil. Isso dito, aqui também é cada vez mais claro que a distinção é tênue. Como escrevi em março, alguns dos primeiros jornalistas ucranianos a serem mortos após a invasão morreram em combate, enquanto lutavam para defender o país. Na semana passada, Ann Cooper escreveu, também para o CPJ, que pelo menos dez jornalistas já morreram em ações militares (o CPJ não monitora essas mortes, que, portanto, não estão computadas nos dados acima). “Não há uma estimativa oficial de quantos jornalistas ucranianos se alistaram desde fevereiro, em uma atitude que aparentemente contradiz a regra jornalística da imparcialidade”, escreveu Cooper. “Para alguns que tomaram essa atitude, no entanto, a decisão era claríssima.” Stanyslav Aseyev, que foi repórter da RFE/RL, disse a Cooper que “se a Ucrânia desaARQUIVO CJR/ MAXIMILIAN CLARKE / SOPA IMAGES/SIPA USA)(SIPA VIA AP IMAGES Triste cenário: a batalha entre russos e ucraniânos destruiu a cidade portuária de Mariupol, que emmaio passou a ser controlada pelas forças de Moscou

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