REVISTA DA ESPM | EDIÇÃO 124 | 2022 20 Oque esperardobacharel emDireitopelaESPM? Entenda como o novo curso de Direito da ESPM irá preparar os bacharéis para o futuro comas soft skills necessárias para se destacaremno mercado Por AlexandreGracioso PANORAMA shutterstock.com Advogado, juiz, promotor de Justiça, delegado de polícia, procurador do Estado e do município, defensor público, diplomata, professor. . . todas essas carreiras fazem do curso de Direito umdos mais versáteis domercado, pois permite que o bacharel escolha e conduza sua carreira paramuitas direções que podemser semelhantes e tambémmuito distintas entre si. No entanto, nas últimas décadas, o ensino do Direito ganhoucontornosdemassificação,dando-seamplaimportância amétodos emqueos docentesmais sepreocupam emrepetir textos da lei e questões dos exames daOrdem dosAdvogados doBrasil (OAB) doque, propriamente, dar uma formaçãohumanística útil para o exercíciodas profissões que dependemdeste bacharelado. Claro, há exceções, mas o ensino do Direito — em termos pragmáticos — parou no tempo. A formação jurídica deixou de ser um grandediferencial, porque as aulasmantiveram-semeramenteexpositivaseosalunosnão tiveramestímulospara produzir textos, artigos, apresentações. Tal constatação é de lamentar, já que o curso de Direito estaria apto a desenvolver competênciasmuito ricas e importantes para o exercício das profissões. O estudante poderia ter a possibilidade de desenvolver noções sobre senso jurídico, isto é, como os fatos cotidianos devem ser avaliados em face da legislação. Igualmente, de compreender questões sobre responsabilidade e justiça social. Além disso, poder-se-ia ter constante estímulo a questionar situações, decisões e leis, além de receber a atualização necessária para poder assim proceder. Durante o curso, os estudantes deveriam ser instados a ler grandes volumes de textos para interpretar e compreender o sistema jurídico, além, é claro, da necessidade de exercitarem a escrita jurídica. Em tese, o exercício da escrita auxiliará o aprimoramento da proficiência no uso da linguagem. Evidentemente, com tais competências sendo desenvolvidas, o pensamento crítico e o raciocínio lógico e jurídico tendem a se desenvolver também. Esse raciocínio faz com que o estudante encontre soluções mais facilmente, além de aprimorar a capacidade de atuar individual e coletivamente. Não se pode esquecer de incluir entre as competências a constante atualização, já que o ecossistema jurídico costuma ser alterado com grande frequência e ao sabor dos interesses políticos (nem sempre permeados pela técnica). Emrazãodascompetênciasacimaexpostas, obacharel emDireito teria condições de enxergar fatos demaneira crítica, despertando a consciência para os problemas sociais vivenciados no cotidiano, o que poderia ser feito, inclusive, pela aptidãopara investigação e pesquisa, normalmente relacionadas ao estudo desta ciência. No entanto, as competências que devem ser desenvolvidas atualmente emumcurso superior ultrapassam bastante as competências técnicas mais diretamente ligadas à área de formação do estudante. Omundo estámais interconectado, mais interdependente. Conforme os relacionamentos se multiplicam e
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