Revista da ESPM - 124

ENTREVISTA | JOSÉ EDUARDO CARDOZO REVISTA DA ESPM | EDIÇÃO 124 | 2022 38 o que gera no operador do Direito e no jurista a natural insegurança de a cada novo dia ter diante de si novos desafios. É como não se estar mais no lugar em que se aprendeu a estar a cada dia, sem se saber exatamente para onde se está indo. Revista da ESPM — Considerando o momento atual do Brasil e do mundo, em sua opinião, quais as áreas mais promissoras do Direito atualmente? Cardozo — É impossível se ter alguma segurança nessa análise. Mas tudo indica que terão grande destaque, cada vez mais, sem prejuízo de outras, as áreas referentes às relações internacionais, tanto do ponto de vista privado quanto público, ou ainda as que tenham como objeto relações decorrentes das novas tecnologias ou de soluções alternativas para a solução de conflitos sociais ou internacionais. Revista da ESPM — Qual o perfil dos profissionais que trabalham hoje com o senhor no escritório Martins Cardozo Advogados Associados? Cardozo — Nós formamos uma banca integrada por advogados e estagiários, cuja principal atuação se dá nos tribunais superiores, em praticamente todas as áreas do Direito (ações cíveis, na área empresarial, de família ou de Direito das coisas, bem como ações criminais, tributárias, eleitorais, ou mesmo no âmbito do Direito constitucional e do Direito administrativo — licitações, concessões, desapropriações, regulações, servidores públicos etc.). Temos uma equipe de advogados jovens, alguns já com grande experiência adquirida entre os órgãos jurisdicionais e outros que estão começando agora a sua vida profissional. Apesar da grande diversidade de matérias em que atuamos, entendemos que nossos profissionais precisam ter uma capacitação geral e um nível elevado de especialização na área de conhecimento que mais apreciem. Por isso, pretendemos estimular, cada vez mais, o estudo e o aprofundamento individual dos membros da nossa banca, sem perder a necessária dimensão do trabalho coletivo. O individualismo exacerbado, a especialização que perde a dimensão do global e a falta de aperfeiçoamento profissional permanente e adaptado aos novos tempos são um dos grandes problemas de muitas das nossas grandes e tradicionais bancas de advogados. Não desejamos isso para nós. Revista da ESPM — Por que o advogado do futuro precisa entender de negócios e tecnologia? Aideiade“EstadoDemocráticodeDireito”trazem siaconcepçãodedemocraciaampla, namedidaem que fundadanosufrágiouniversal enas condições igualitáriasdedisputaedeparticipaçãopolítica O processo de globalização determinou a formulação de relações jurídicas mundiais emuma dimensão totalizada e emuma dinamicidade até então inimaginável SHUTTERSTOCK.COM

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