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36 R E V I S T A D A E S P M – JANEIRO / FEVEREIRO DE 2008 Lapidados para o Mercado nas de interesse curricular (não obrigatórios), o Cintegra promove uma série de atividades complemen- tares (ACOM) para os alunos, o que facilita a entrada deles no mercado de trabalho. “Desde 2005, todos os cursos têm de colocar um percen- tual de atividades complementares dentro da sua grade curricular, o que serve para flexibilizar o currículo e dar ao estudante outros tipos de aprendizagem que não seja somente a disciplina”, conta Bernardes. Entre essas está o Prove (Programa de Visitas a Empresas), que, como o próprio nome diz, consiste em ir até grandes empresas, como Natura, Procter&Gamble, Novartis, Volkswagen, Schincariol, GM, GE e tantas outras, onde os professores da ESPM dão aulas in loco aos alunos de acordo com as disciplinas que estejam cursando como logística, marketing e fluxo de produção. As visitas são feitas durante a tarde e são sempre realizadas entre o período de março a maio e de agosto a novem- bro. “Temos 21 visitas emmédia por semestre”, afirma Bernardes, “o que valoriza a formação do estudante e lhe dá uma visão mais prática”. O Cintegra ainda promove o evento mensal Café da Manhã com o RH, que está indo para o sétimo encon- tro. Nesse caso, são os profissionais do setor que vão à ESPM para falar sobre diversos temas de emprego. Há ainda o Encontro Empresarial, onde as empresas montam stands na própria Escola para esclarecer dúvidas aos alunos; e o ESPM Car- reira, coordenado por Tatiana Fer- rentini, que orienta os estudantes quanto às suas iniciativas e inte- resses profissionais. FEEDBACK Mas nenhuma dessas atividades ou orientações teria sentido sem feedback . Por isso, os alunos precisam fazer relatórios cons- tantemente durante o período de estágio, assim como os con- t r a t an t e s . “Quando o a l uno está fazendo estágio supervi- sionado, o chefe dele recebe um login para preencher um questionário dando notas de 1 a 6 sobre a atuação do estudante na empresa”, conta Bernardes, mos t rando a l guns r e l a t ó r i os para comprovar que a maioria das notas é sempre seis. Esses relatórios servem entre outras coisas para acompanhar se o que o aluno está fazendo converge para o que ele está cursando e para evitar uma prática comum no mercado, a exploração de estudantes como mão-de-obra ba r a t a . “Do t o t a l , 99% do s estágios são remunerados e os estágios são normalmente feitos em grandes organizações”, ga- rante Bernardes, ressaltando que as empresas que tradicionalmente não remuneram estagiários são as agên- cias de publicidade. Até mesmo os contratos de estágio dos alunos da Empresa Júnior ou da Agência da ESPM passam pelo Cintegra, que administra todas as contratações, além dos próprios contratos inter- nos. “Hoje temos 81 estagiários, desde aluno-monitor até os que trabalham no departamento de eventos”, conta Bernardes, exem- plificando que vários dos trabalhos de comunicação visual da ESPM foram feitos pelos próprios estu- dantes/estagiários. MAIOR PROCURA Como o curso de Administração é o mais antigo em termos de estágio su- pervisionado, ele acaba sendo tam- bém o mais procurado. “Mas tem ocorrido um fenômeno interessante: as pessoas de marketing que são formadas em administração estão indo para as agências e as pessoas de comunicação estão indo para as empresas”, ressalta Bernardes, que acredita ser resultado da necessidade cada vez maior da comunicação integrada dentro das organizações. “Nas agências de publicidade, por exemplo, querem pessoas que não entendam somente dos 4 “Ps”, mas também de marketing integrado, que tenham um olhar de planejador, de estrategista. Por outro lado, ele conta que grandes empresas, bancos e outras organizações querem pes- soas de comunicação que entendam mais de relacionamento interpessoal e com o público externo. CINTEGRA INTERNACIONAL Até mesmo pela criação do curso de Relações Internacionais e pelo fato de, na prática, muitos estudantes já atuarem fora do Brasil, o Cintegra pretende investir mais em busca de oportunidades para os alunos no exterior. “Estamos fazendo um mo- delo que consiste na parceria entre o Cintegra Internacional, o Aiesec (uma das maiores plataformas de estudantes do mundo), a Central de Intercâmbio, a Blue Gate (empresa que atua mais focada com questões do intercâmbio, como alojamento e outras coisas que não são da com- petência da ESPM) e a STB”, explica