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51 JANEIRO / FEVEREIRO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Eduardo Najjar isso, ser supervisionados e motiva- dos. Para eles, o trabalho é um mal necessário. A teoriaY, por oposição, diz que as pessoas querem e pre- cisam trabalhar. Quando faleceu, em 1964, McGregor trabalhava na formulação da teoria Z, que visava fazer o encontro entre as aspirações individuais e da organização. Quase ao mesmo tempo Abraham Maslow trabalhava na pirâmide da hierarquia das necessidades; tem como base as necessidades fisioló- gicas (segurança, alimentação) e, como cume, as de auto-realização. Assim que uma necessidade está satisfeita, ela deixa imediatamente de ser um motivador. O psicólogo clínico Frederick Herz- berg identificou, anos depois, os fa- tores higiênicos ou de manutenção, como as necessidades econômicas básicas, por oposição aos fatores motivacionais, dirigidos a aspirações mais profundas. Bons f a t o r e s UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA Pode-se considerar que tudo começou com os Hawthorne Stu- dies, pesquisa empreendida entre 1927 e 1932 na fábrica da Western Electric em Hawthorne, Chicago. Estudando as atitudes e compor- tamentos dos seus trabalhadores, descobriu-se o “efeito Hawthorne”, segundo o qual a produção melhora quando os trabalhadores acreditam que os gestores se preocupam com o seu bem-estar. O coordenador e mais apaixonado defensor desses estudos era o austra- liano Elton Mayo (1880-1949). De- fendia que a auto-estima é vital para o bom desempenho. Alertou para a necessidade de canais abertos de comunicação entre os trabalhadores e a gestão para que os indivíduos e os times se identifiquem com os objetivos da organização. O pleno potencial desses estudos só viria a ser aproveitado nos anos 50, quando surgiu nos EUA um grupo de pensadores - mais tarde cha- mado escola de relações humanas – cujas figuras centrais são Douglas McGregor, Abraham Maslow e Frederick Herzberg; suas teses viriam a influenciar, mais tarde, nomes como Edgard Schein, Chris Argyris e Warren Bennis. A contribuição maior de McGregor (1906-1964) foi o estudo dos fatores de motivação, a teoria X e Y. A teoria X defende que os tra- balhadores são, por natureza, preguiçosos, necessitando, por Ð

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