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90 R E V I S T A D A E S P M – JANEIRO / FEVEREIRO DE 2008 People as peolpe 2) ENGAGEMENT Para se superar, as pessoas precisam buscar além do conhecido, acreditar na identidade da empresa para a qual trabalham, precisam ter um espaço para dialogar e debater o alinhamento dos próprios valores com os da em- presa. Um diálogo franco que deve ser construído com settings adequados e gradualmente mais profundos na gestão da relação. Inútil propor uma sessão de feedback sem ter percorrido, antes, a eventos graduais de aproxi- mação, conhecimento e reconheci- mento dos envolvidos. As atividades formativas baseadas em relações requerem um mix de forma e gestão do tempo muito bem orquestrado e adequado ao momento das pessoas e do grupo. Engajar pessoas requer uma profunda experiência em sense- making . Aprender a observar o que acontece no aqui e agora, como as pessoas estão, a atmosfera emocional do dia-a-dia. Estes fatores mais senso- riais que cognitivos são essenciais para gerar espaços físicos e relacionais que possam alavancar o engajamento das pessoas e, conseqüentemente, suas energias únicas, seus conhecimentos, experiências e qualidades criativas para resultados além do esperado. A realidade requer transformação e adaptação contínuas a mercados instáveis e incertos. As pessoas estão dispostas a se superar e arriscar para aprender quando se sentem acolhi- das, reconhecidas e respeitadas em suas individualidades. Engagement requer, novamente, uma outra lide- rança, uma liderança “secundária” de sábios e visionários “líderes maiores”, conscientes e capazes para não “obstruir a cena” e deixar acontecer, acolhendo e suportando nas dificuldades e nos erros. 3) SUPORTE E FORMAÇÃO O tempo e o investimento para formar devem dobrar ou mesmo triplicar. O learning by doing será excepcionalmente importante, aumentará o espaço para gerar perfis concretos/reflexivos (Argyris – Schon), aos quais é oferecida longa vida de projetos e oportunidades de aprendizagem. Aprender é a maior e mais sofrida experiência. Muitos sabem disso: os nossos filhos e nos- sas memórias marcadas na identi- dade de aprendizagem da infância. Voltar a crescer, para nós adultos, é sofrido, é algo que tentamos afastar e que as organizações do passado, seguras e estáveis, nos ajudaram a evitar. Mas a estabilidade e o tempo do não-desenvolvimento acabaram. A oportunidade de auto-realização nos leva “a aprender a evoluir” e isso nos mantém vivos até o fim. Como já exposto acima, é pre- ciso ajuda e acompanhamento para enfrentar esta vida do “voltar a crescer”, de adultos se desafiando. Uma ambigüidade criativa; adultos aprendendo, como crianças, na expansão de “eus” perpetuamente em evolução. O acompanhamento
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