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Alexandre Espirito Santo 29 JULHO / AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M Outro ponto quemerece destaque foramope- rações de carry-trade (empréstimos numa moeda com juros baixos para aplicação em outra com juros mais elevados), sobretudo em iene , que acabaram por valorizar o câmbio em vários países , o que cola- borou para o controle da inflação. Google images Ð No ocaso do século, o banco c e n t r a l a m e r i c a n o ( F E D ) , bem como os demais bancos centrais de países desenvolvi- dos, praticava taxas de juros nominais em níveis relativa- mente baixos, se comparados à década anterior (gráfico1). Vários foram os motivos para que isso ocorresse, indo desde a distensão inflacionária até o temor quanto ao bug do milênio, passando pela criação do euro e a inanição da economia japonesa. No início da atual década, os chi- neses já se mostravam pujantes com sua “nova economia de mercado”, intensiva em mão-de-obra e fa- vorecida por uma taxa de câmbio cuidadosamente administrada para beneficiar o setor exportador. Com 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100 -120 -140 -160 -180 -200 -220 -240 -260 -280 1% 0% -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% EUA - CONTA CORRENTE (GRÁFICO 2) Conta corrente (1 o tri/08)< CC/PIB nominal (%)> FONTE: Bloomberg 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 05 07 suas quinquilharias sendo vendidas mundo afora, a preços muito baratos, a China passa a exportar desin- flação, além de gerar, para si, expressivos saldos comerciais. Do outro lado do mundo, as famílias americanas, diante de taxas de juros convidativas (vieram para 1% a.a., após os atentados de 11 de setembro), aumentaram seu nível de consumo e endividamento, acentuando os desequilíbrios da Bilhões US$ Google images 29 JULHO / AGOSTO DE 2008 – R E V I S T A D A E S P M

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