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Fátima Motta incomoda, mas também propicia uma reflexão. Penso, então, como era mais calma a vida de nossos antepassados, sem celular, sem computador, conforto e segurança na relação en- tre empresa e empregados. A dura- bilidade dos produtos e das relações era maior, bem como a oferta por novidades menor. Por outro lado, imagino como era difícil viver sem estar “plugado” com o mundo, com milhares de amigos desconhecidos, com informações saltando aos olhos de segundo a segundo, com a pos- sibilidade de falar em real time com qualquer país de qualquer conti- nente e fazer compras a um simples toque de dedos em um teclado. Vivemos, então, um momento em que a tecnologia une pessoas distantes, agiliza o acesso a infor- mações, a produtos, resumindo, torna tudo mais fácil e rápido. Toda essa facilidade deveria ter trazido mais paz, harmonia e tranqüilidade às pessoas e, às empresas, maior clareza e abertura nas relações. No entanto, nada disso ainda pode ser visto pela maioria das pessoas. Pelo contrário, os problemas de comuni- Penso, então, como era mais calma a vida de nossos antepassados, sem celular, sem computador, sem inter- net, sem e-mails. A liderança abre espaços dentro de si para essa dualidade não questionada, ou melhor, às vezes nem pensada, ou, se pensada, omissa. Toda essa facilidade deveria ter trazido mais paz, harmonia e tranqüilidade às pessoas e às empresas, maior clareza e abertura nas relações. No entanto, nada disso ainda pode ser visto pela maioria das pessoas. Ilustração Google Images Google Images Ð sem internet, sem e-mails. Com certeza conversavam longamente com vizinhos, visitavam e eram visitados por amigos e principal- mente as mulheres dedicavam-se à formação dos filhos, errando e/ou acertando, mas seguramente estando mais presentes. Claro que as dificuldades existiam, mas o tempo parecia ser mais longo. As empresas e as pessoas tinham outro ritmo e havia maior fidelidade, bem como um certo

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