Capa3.indd

Entrevista 72 R E V I S T A D A E S P M – JULHO / AGOSTO DE 2008 bem atendido. O tempo máximo de retorno é de dois dias e, se houve erro, ressarcimos o cliente, pedimos desculpas e tentamos resolver tudo. Quando surgiu a CPMF – e o que se esperava ser provisório durou muito tempo – o mercado reagiu de formas diferentes; alguns bancos ofereciam ao cliente a possibilidade de fazer investimentos para evitar a dedução da CPMF. Mas o Bradesco, desde o começo, não quis entrar nesse “es- quema”, o que lhe causou a perda de negócios. Isso permeia toda a organização de alto a baixo. GRACIOSO – Sem dúvida, tem de vir de cima para baixo. JÚLIO – O presidente da diretoria executiva é uma pessoa que não fez toda sua carreira lá dentro; o Sr. Már- cio Cipriano ingressou no Bradesco em 1973. Ele era gerente de agência do Banco da Bahia. Nos últimos anos trouxemos para o Bradesco 30 mil novas pessoas de outros bancos que nós adquirimos, como o BCN, BBV, Mercantil etc. JRWP – Neste exato momento, quan- tas pessoas estão em programas inter- nos de treinamento? JÚLIO – Temos em média, toda semana, cerca de 2.500 pessoas sendo treinadas... No ano pas- sado tivemos mais de um milhão de participações. Chamo de “par- ticipação”, porque temos diversas metodologias de treinamento, pois não se consegue, só com presen- cial, atender a todo mundo. No ano passado cada funcionário fez, em média, doze cursos. Isso representa um curso por mês. JRWP – Significa que a sua demanda por serviços de treinamento é maior do que a nossa, que nos dedicamos exclusivamente a isso... GRACIOSO – É o setor de Recursos Humanos que cuida do treinamento? JÚLIO – São dois os departamentos que cuidamdas questões de Recursos Humanos; umé odeRHpropriamente dito, que cuida de tudo relacionado a recursos humanos, menos o treina- mento. Disso fica encarregado um outro departamento que não é subor- dinado ao RH e vice-versa, mas que, na verdade, possui focos e funções di- ferentes. Antes, o RH cuidava de tudo. Foi uma experiência interessante. OSr. Brandão nos chamou e disse: “gente, isso não está funcionando bem”. Na verdade, tínhamos, no mesmo de- partamento, dois focos antagônicos, já que um está preocupado em não aumentarmuito o quadro, emcalcular as folhas de pagamento, benefícios; e o outro precisa gastar verbas para desenvolver as pessoas, caso contrário não podemos gerar resultados. A partir de então, ficamos com os dois departamentos. Meu amigo Bueno, que é o diretor de RH, cuida dessas outras questões de toda a organiza- ção, e a minha área cuida da parte do treinamento. Nós nos preocupamos com o treinamento de enfermeiros para o Hospital Professor Edmundo de Vasconcelos; com o treinamento motivacional das jogadoras de vôlei profissional da Finasa Esportes; com clientes de grandes corporações como o Corporate do Bradesco; com agên- cias de varejo de pequenas e micro empresas (PF ou PJ), ou seja, estamos preocupados com o próprio universo daOrganizaçãoBradesco.Oprincípio

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx