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Entrevista 74 R E V I S T A D A E S P M – JULHO / AGOSTO DE 2008 JÚLIO – Brincamos que uma das peculiaridades da Cidade de Deus é a improbabilidade de se cair a energia elétrica – pois hámuitos geradores por perto, uma subestação ao lado... Se acabar a luz por alguns minutos – ou horas – não se pode mais trabalhar. GRACIOSO – Júlio, como vocês fazem para manter o pessoal jovem e promissor no banco? Pergunto, porque os melhores devem receber propostas de bancos mais agressivos que oBradesco, talvez, até, na questão salarial. JÚLIO – Este é um grande desafio, e, sem dúvida, a carreira fechada é um bomargumento.Quemestá lápercebe a concretude dos frutos colhidos, que não são ummero discurso, enganador. Outro ponto é que o nosso próprio processo de capacitação e desenvolvi- mento do pessoal faz com que eles vislumbrem essa possibilidade. Acho que, com justiça, nós ganhamos, em diversas ocasiões, o prêmio da Great Places toWork In. JRWP – Divulgado pela revista Exame. JÚLIO – A FIA também está fazendo um, agora há dois prêmios. No ano passado a Great Places fez uma pesquisa entre as empresas ganhado- ras, sobre os diferenciais que permi- tiam qualificá-las como os melhores lugares para se trabalhar. Por incrível que pareça, o itemmais valorizado foi a capacidade que a empresa tem de dar oportunidade de desenvolvimento – nem salário nem benefícios. GRACIOSO –Você tocou num ponto interessante: se uma das coisas que permite ao Bradesco reter osmelhores é o esforço de criar novas oportuni- dades o tempo todo – significa que não se pode parar de crescer. JÚLIO – Não dá mesmo. JRWP – Mas, neste mundo globali- zado, o Bradesco não deixa de ser uma exceção na rotina de fusões e incorporações... GRACIOSO – Ele já comprou vários bancos. JRWP – Mas não parece ter havido mudanças traumáticas. JÚLIO – Penso que todo o processo de incorporação de bancos que o Bra- desco tem feito é uma de suas maiores expertises. Eu disse que incorporamos 30 mil pessoas... “O ITEM MAIS VALORI- ZADO FOI A OPORTUNI- DADE DE DESENVOLVI- MENTO.”