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 Mesa- Redonda 90 R E V I S T A D A E S P M – JULHO / AGOSTO DE 2008 “CRIATIVIDADE É A BUSCA DE SOLUÇÕES NOVAS, MAIS EFICIENTES.” GRACIOSO − Não sei, mesmo, se o percentual é 46%, 50%... Imagino que seja mais do que o da GM, senão não fariam esta comparação. Em todo caso, o problema que nem todas as empresas conseguem re- solver é: como conciliar o imediato com o médio e o longo prazo? Não dá, realmente, para parar de pensar nos problemas do dia-a-dia para vi- ver pensando no futuro. Mas a velha escola do planejamento estratégico de longo prazo mudou muito. Há dez, quinze anos, toda grande empresa, que se prezasse, criava o cargo de Diretor de Planejamento Estratégico. Não sobrou um! AMATUCCI − Na década de 70, um dos grandes oponentes dessa idéia foi o Igor Ansoff. Ele propôs inventar algo mais interessante para colocar no lugar, e assim surgiu a adminis- tração estratégica. Ele criticava que se fizesse uma estrutura apartada da operação para fazer o planejamento. Ou que todo mundo parasse, uma vez por ano, fosse para um paraíso qualquer ter delírios alucinatórios a respeito do futuro, e as coisas não guardavam uma relação umas com as outras. Então, a administração estratégica trouxe o pensamento de longo prazo para a operação − era, realmente, uma conciliação. Não vejo as  coisas de forma tão trágica. Até porque não dá, por exemplo, para fazer uma fusão ou aquisição a curto prazo; só para fazer uma ava- liação de quanto vale, até comprar, já chegou ao médio prazo... JRWP − Será que isso é uma decisão que passa totalmente pelo departa- mento financeiro? AMATUCCI − Alguns talvez tenham motivação financeira, mas, boa parte das fusões e das aquisições está sendo utilizada como estratégia de entrada nos mercados. De qualquer modo, as experiências são variadas. O Meriva, da GM, foi resultado de uma percepção de mercado: eles perceberam a oportunidade,
        
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