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Mesa- Redonda 92 R E V I S T A D A E S P M – JULHO / AGOSTO DE 2008 para ter grandes mudanças - eco- nomicamente falando, o marketing já não é o suficiente, isso porque, por melhor que seja o marketing de uma empresa, qualquer concorrente aprendeu a mesma coisa, de modo que umanula o outro. Outro exemplo, a Nestlé, durante vinte anos, tentou consolidar sua marca como sinônimo de excelência emchocolates,mas che- gou à conclusão de que, para avançar, teria de comprar a Garoto. Comprou e dobrou a participação. Há outras em- presas que decidem ganhar mercado não mais por meios das estratégias clássicas demarketing – uso damarca, relacionamento – mas por meios es- tratégicos puramenteeconômicos, com inovações que, em vez de enfatizar o produto, enfatizam o processo para reduzir custos.Você concorda? JONI − Concordo. E isso está aí, escrito na pauta: “O fim do mês ou o fim do mundo”. Esse paradoxo surge porque os ciclos das coisas estão cada vez mais curtos; o ciclo de uma inovação dura até que um outro concorrente venha e apresente carac - terísticas superiores ao pioneiro. Se isso é verdade (comparando com as estratégias de marketing) elas exigem um tempo de maturação (marketing requer consistência, freqüência) e o crescimento “orgânico” pelas estratégias de marketing levará um tempo menor do que aquele por aquisição. Quando a Nestlé vê na Garoto uma oportunidade de crescer, rapidamente, no mercado e esta aquisição de fato acontece, é porque são duas marcas estabe- lecidas de maneira complementar e saudável, com sinergia. As es- tratégias de marketing ainda têm um lugar importante na história, mas, às vezes, para chegar aos resultados, mais rapidamente, é preciso crescer por aquisição. GRACIOSO − E isso faz pender a ba- lança para o lado financeiro, não? JONI − Exatamente. LUIZ − Não acho que seja finan- ceiro, mas estratégico. “OS VALORES SOCIAIS MUDARAM, NÃO SÓ NO BRASIL, MAS NO MUNDO INTEIRO.”
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