Revista da ESPM JUL-AGO_2009

Ivan Pinto julho / agosto de 2009 – R e v i s t a d a E S P M 133 no exterior e uma razoável fluência em outra língua, geralmente o inglês, mas crescentemente o espanhol, dado aquele jámencionado interessedasem- presas transnacionaisnaAméricaLatina e para a qual é comumque oBrasil seja a sede regional. Como relata a aluna Norma Saad, “no processo seletivo do meu emprego atual, eles convidaram paraparticiparpessoascomexperiência internacional”. Outra aluna da ESPM São Paulo, CamilaGuerrero Kondic, do curso de Relações Internacionais, que fez o seu intercâmbio na Universidad Del Pacifico, no Chile, percebe que, “[...] amaioriadasempresasvêaspectos positivos nas pessoas que passam por essa experiência, pois trazem consigo diferenciais comoumamadurecimento precoce, uma independência e capa- cidade de adaptação, além de engaja- mento e proatividade”. Para Fernando Gimenez, ex-aluno do MBA de São Paulo que participou de um programa na Universidade Antonio de Nebrija, em Madrid, “tanto as aulas quanto as palestras [...] foram direcionadas à ges- tão internacional de negócios [...] Para asempresasque realizamhojenegócios com todas as partes do mundo, é inte- ressante ter profissionais que detenham esse conhecimento.” A importância da experiência multi- cultural vale para os alunos de todos os países, não importaquãodesenvolvidos sejam. É fácil de entender. É nesses paí- ses desenvolvidos que – pelomenos no curtoprazo– tendemaestar as sedesdas chamadas empresas transnacionais. O designativo “transnacional”, que gradu- almentesubstituioantigomultinacional, vem, em boa parte, da constatação da importânciadomulticulturalismodentro das empresas que almejam conquistar mercados globais. Para alcançar seus objetivos de continuado crescimento nummundoculturaleeconomicamente globalizado, é preciso que as diretrizes que orientarão as estratégias empresa- riais reflitam a realidade cultural dos múltiplos macroambientes em que as marcas das empresas irão competir. Essas estratégias, numa fase anterior à globalização, eram emitidas pela matriz da empresa, onde quer que ela fosse – tipicamente EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha – e implementa- das pelas suas subsidiárias dos muitos países em que passaram a operar. Os resultados, em certos mercados, eram, obviamente, insatisfatórios: oqueébom para Frankfurt ou Chicago ou Estocol- mo não necessariamente funciona em BuenosAires ouSidneyouNovaDeli. E tornaram-seperigosamenteinsuficientes com o aumento dos países que adota- vamademocraciapolíticaeeconômica. Essa democratização, que já atingiu a maioria dos países, abre as fronteiras de umnúmerocrescentedemercadospara novosatores (quemsabe, deParis,Milão e Madrid, além daqueles de Frankfurt, Chicago e Estocolmo) e estimula o empreendedorismo em cada mercado, resultando, dessa combinação, o brutal aumento da competitividade que se observa hoje. Não surpreende, então, que as decisões empresariais levem cada vez mais em conta os insumos Andre Leonardo Pereira Eleterio Ex-aluno do MBA Executivo ESPM; fez uma complemen- tação do curso na Escuela de Alta Dirección y Administra- ción (EADA), em Barcelona. Fernando Gimenez Ex-aluno do MBA Executivo ESPM; fez uma complemen- tação do curso na Universi- dad Antonio de Nebrija, em Madrid. s s î

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