Revista da ESPM JUL-AGO_2009

R e v i s t a d a E S P M – julho / agosto de 2009 134 Intercâmbio de alunos das “subsidiárias” dessas empresas, mais profundamente conhecedoras do ambiente local. As “subsidiárias” transformam em “comatrizes” (se me permitirem um pequeno exagero), que participam ativamente da construção dasdecisõesdasagora“transnacionais”. Seus gestores e profissionais tornam-se geradores de ideias e deixam de ser apenas implementadores de decisões tomadas na “matriz”, no headquarter , na sede da empresa. Não é de admirar, então, que os alunos de instituições de ensino superior dos paísesdesenvolvidos se interessemcada vez mais por também terem aquela experiência multicultural, tão buscada pelos alunos brasileiros e de outros países “emergentes”. Por exemplo, da mesma forma que os alunos da ESPM podem se candidatar àquele programa deduas semanasnaMcGill, noCanadá, os alunos de lá podem fazer também duas semanas na ESPM. E, todo ano, há 15 anos, cerca de 20 a 30 alunos da McGill fazem um programa na ESPM de São Paulo e que inclui (como não poderia deixar de ser) uma visita à Cidade Maravilhosa, em coordenação coma ESPMdoRio de Janeiro.Mais re- centemente, comoacordofirmadodois anos atrás entre a ESPM e a Chapman Graduate School of Business, da Florida International University (FIU), cerca de 10 alunos do MBA Executivo da ESPM irão a Miami todo ano para programas semelhantes eumgrupodealunosde lá deverá vir à ESPM para aulas e visitas a empresas locais e voltar para o seu país sabendo um pouco mais de como é “fazer negóciosnoBrasil”, oquepoderá propiciar vantagenscompetitivasparaas suas carreiras – e para as suas empresas. Foi isso que a aluna Heather Kitchens, da FIU, depois de passar duas semanas na ESPM, salientou no seu depoimen- to. O que a fascinou, em sua primeira visita internacional, foi entender como é “doing business in Brazil”. Outro aluno da FIU, Omar Johnson, resu- miu o valor que suas duas semanas entre nós, na ESPM, tiveram para ele, notando que “vivenciar e não apenas ler sobre um mercado importante como é o Brasil ajuda a ver como o marketing é utilizado em diferentes fronteiras, em diferentes mercados”. Omar ficou muito impressionado com a visita que a ESPM organizou para os jovens americanos à Casas Bahia, quando, em suas palavras, pode observar “como fazer um bom negócio dirigido às classes de menor renda”. Ainda outro estudante da FIU, Joshua Rose, mostrou-se impressiona- do pelos contrastes que percebeu nas visitas às ruas Oscar Freire e 25 de Março, organizadas pelos professores da ESPM de São Paulo. A surpresa de Joshua é compreensível. Numa ponta, a rua central do chamado “quadrilátero do luxo” – que a cada semana se estende e, a rigor, já não é apenas um retângulo de poucos quarteirões, mas uma área mais am- pla em que algumas marcas de luxo globais têm o seu maior ou segundo maior resultado de vendas em todo o mundo. Na outra ponta, ummercado tão intenso, provocado pelas lojas que operam com preço tão atrativamente baixo, que o trânsito de pedestres pode ficar tão congestionado quanto o de automóveis numa via principal na hora do rush . Como disse Jaqueline Duperly, também da FIU, a visita a um país emergente enriqueceu sua experiência e lhe deu conhecimento sobre a realidade, a partir de estudos de caso e visitas, como as relatadas pelo seu colega Joshua. Já o aluno português Francisco Praia, do IPAM, Instituto Português de Ad- ministração e Marketing, que fez seu intercâmbionaESPMdoRiode Janeiro, resumiu assim o valor da contribuição da experiência internacional: “poder viver, respirar e experimentar outra cul- tura, economia, costumes, regras e leis alargoumeuhorizonteeenriqueceumi- nhaexperiênciaprofissional/empresarial e pessoal”. Para a portuguesa Maria João, do IADE (InstitutodeArtesVisuais, Design eMarketing) e intercambista no curso de Mestrado em Comunicação e Práticas do Consumo oferecido pela ESPM em São Paulo, sua experiência noBrasil fez toda adiferença: “ter vindo paraoBrasil[...]fezcomqueminhavida mudasse. [...] estoumais apta a adaptar- Francisco Praia Intercambista na ESPM Rio de Janeiro em 2008; é aluno do IPAM (Instituto Português de Administração de Marke- ting) – Portugal. s

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