Revista da ESPM JUL-AGO_2009
Ivan Pinto julho / agosto de 2009 – R e v i s t a d a E S P M 135 me mais rapidamente a diferentes con- textosculturais”.DanielMagalhães, alu- noda graduaçãoda ESPMde SãoPaulo que esteve na UniversidadeAntonio de Nebrija, ressalta “esse tempo morando fora permitiu [...] que nos conhecêsse- mos melhor e aprendêssemos uns com os outros a sermos mais tolerantes, a compreendermos diferenças.” Oque foi uma surpresa para o america- no Joshua Rose certamente não o será para um brasileiro de outro Estado que venha a São Paulo. Esses contrastes são parte da nossa vida de país emergente. Mas, os estudantes brasileiros que fa- çam um programa de intercâmbio em algum dos vários países, das Américas e da Europa, em que a ESPM mantém convênios, com certeza vão viver suas surpresas e fazer suas descobertas reveladoras. Manolo Frediani Lima, aluno de Administração na ESPM de Porto Alegre, e que participou de um programanaUniversidadedeCoimbra, uma das nossas parceiras em Portugal, resumeassimsuaexperiênciacomessas descobertas reveladoras: “cada cidade que eu visitava, não acreditava que es- tava lá. Conversava comvárias pessoas, de variadas nacionalidades, e minha percepção sobre o mundo mudou”. Pryscila Britto, graduanda deDesign na ESPM do Rio de Janeiro e que fez seu intercâmbiocomo Intuit Lab, umaesco- la francesa de design, tambémchama a atenção para sua mudança: “o que me diferenciadepoisdessaviageméanova forma como vejo e percebo as coisas. É um grande exercício de criatividade.” Se a consciência das diversidades cul- turais é uma consequência importante dos programas de estudos no exterior, o networking aqueAnaCarolinasereferiu como uma das três contribuições que sua estada no Canadá lhe propiciou, é outra e, com certeza, muito valiosa. Se a progressiva democratização política e econômica do mundo vem tornando permeável um número cada vez maior defronteiras,atecnologiadeinformação nos abriu novas e fascinantes portas para contatos mais próximos entre pessoas e entre empresas. O resultado são o e-mail, os diálogos instantâneos e todos esses sites de relacionamento pela internet. Está se tornando rotina que vereadores e deputados, prefeitos, governadores de Estado e, quem diria, antes de Barak Obama dar o inovador exemplo, presidentes, anunciemos seus endereços noTwitter ou dos seus blogs (eu mesmo recebo mensagens sobre atualizações do blog em que o “meu” deputado estadual expõe seus pontos de vista e informa seus eleitores sobre as medidas que toma). O problema não está mais na tecnologia, mas na criaçãodeuma network confiável.Uma foto e uma lista de características sobre alguém num site não garantem que aquela informação seja verdadeira, se você não conheceu a pessoa “ao vivo” ou por recomendação de outra que você conheça. A necessidade de con- fiança aumenta muito se o objetivo do relacionamento está ligado a interesses acadêmicos ou profissionais. Ora, os programas de intercâmbio, do tipo pro- piciadopela ESPMaos seus alunos, não sópermitemcomoestimulamocontato entre eles e outros alunos, tanto da IES em que se desenvolve o programa, quantodeoutras IESque tambémenvia- ramalunos para lá.AMcGillUniversity, por exemplo, temalunos de 160 nacio- nalidades e é possível a um brasileiro iniciar relacionamentos – que manterá vivos depois, via internet – com vários deles. Permito-me citar a experiência do meu filho, atualmente cursando o último ano deAdministração da ESPM em São Paulo. Ele teve a sorte de es- tudar, alguns anos do ensino médio, nos Estados Unidos e estabeleceu lá uma network que permanece viva até hoje, com alunos de vários países, já que cerca de 20%dos estudantes não eramamericanos (numano, meu filho dividiu seu quarto, no dorm , com um iraniano). Sua rede foi mais enrique- cida, dois anos atrás, pelo programa de um semestre que, já na ESPM, vivenciou na UniversidadAntónio de Nebrija, emMadrid. Não é difícil ima- ginar que, agora que está estagiando, em São Paulo, numa transnacional, essa rede de relacionamentos, algum dia, de alguma forma, venha a contri- buir com um efeito positivo, para ele mesmo e até para a empresa em que esteja trabalhando. Gabriela Benvegnu de Barros Aluna de graduação em design na ESPM Porto Alegre; fez intercâmbio no IADE (Insti- tuto de Artes Visuais, Design e Marketing), em Portugal. s î
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