Revista da ESPM JUL-AGO_2009

R e v i s t a d a E S P M – julho / agosto de 2009 32 A força do hábito versus o hábito da força B A F OR Ç A objetivo da publicidade é, sempre foi e será identificar vulnerabilidades sociais, morais e emocionais, com a intenção explícita de atuar sobre elas e alcançar seus objetivos. Nem sua maior razão de ser, nem seu maior poder de persuasão, nascem na condição de profissão ou ciência, presunção recentíssima, forjada apenas numa tentativa de classificar procedimentos, diante do acirramento dacompetiçãopelomercado.Maseram inatosemnossosancestrais,mercadores e pregoeiros, desde sempre. Balidos de ovelhas, sinetes, traques, cores, aromas, perfumes, essências, gritos roucos... compunham, entre muitos outros apelos, o anúncio da chegada do vendedor, acontecimento aguarda- do com ansiedade nos povoados. E o “estadodegraça”, geradonacomunhão do visível com o invisível, do real com o imaginário, seduzia e hipnotizava vilas inteiras... Ocasião em que o povo só tinha sentidos para aquilo que os aguçava, manipulado deliberadamente pelos negociantes. Uma festa. Uma festa inventada como interesse de fazer lucro.Mulheres, homens ecrianças, em escalasdiferentesdepercepção,comun- gando o sentimento de uma felicidade provocadaporatitudesdesensibilização } O embate entre a preservação da liberdade de explorar-nos a vocação consumista e a tentativa de submeter-nos à tutela dos { que sabem o que é melhor para a sociedade | . ~ o v D O T O H Á B I T O H Á I e rs u s d a O F R Ç A o

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