Revista da ESPM Julho-Agosto_2010
R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 112 ASSUNTO em pauta por A ntonio H elio J unqueira C o Brasil, o conceito e o instrumental operativo das Câmaras Setoriais foram introduzidos no final da dé- cada de 1980, durante o governo de José Sarney (1985-1990), sob a predominância das fortes crises econômicas e da inflação descontrolada, que resultaram na edição de sucessivos planos econômicos (Plano Cruzado, Plano Bresser e Plano Verão, como ficaram, então, conhecidos). Na sua concepção inicial, as Câmaras Setoriais destinavam-se a enfocar privilegiadamente Experiência promissora na construção do diálogo social entre o público e o privado. o setor industrial, objetivando elaborar diag- nósticos, identificar gargalos e distorções e apontar propostas de políticas setoriais para a competitividade dos diferentes segmentos da indústria nacional. No entanto, a conjuntura inflacionária do período e a busca governamen- tal centrada na suamitigação e controle, levou a uma distorção no funcionamento das Câmaras Setoriais recém-criadas. Assim, essas voltaram- se, prioritariamente, às negociações de preços entre governo e empresários, o que as conduziu a um duplo fracasso. Ou seja, ao mesmo tempo As câmaras setoriais do agronegócio brasileiro N
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