Revista da ESPM Julho-Agosto_2010
R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 126 Isso significa dizer que, se utilizarmos as estru- turas atuais e existentes comuma gestão lúcida e com foco no sentido da evolução, a conclusão óbvia e natural é a inevitabilidade da necessária governança, reunindo o melhor do público ao privado, e sistemas de fiscalização, controle, avaliação e comunicação realizados tanto pela autorregulamentação da iniciativa privada, quanto pela lei e sua aplicação rigorosa e veloz do poder público. A síntese é que nada de novo seria necessário para fazer benfeito o que já é benfeito emexem- plos espalhados pelo país e pelo mundo, que não fosse a vontade e a capacitação dos seres humanos envolvidos. Quando o BNDES, como instrumento público, atua como privado para criar a maior companhia de proteína animal domundo; ou quando aAIBA –AssociaçãodosProdutoresdaBahiaatrai ONG’s, dialoga como setor público em todos os poderes, coordenaestudos científicos comasUniversidades e combina um procedimento e uma metodologia pararesolverograveproblemadopassivoambien- tal de Luis Eduardo Magalhães, Barreiras e toda a região, estão, ambos, no exercício das buscas do caminho inevitável da governança integradora e conciliadoraentreosinteressespúblicoseprivados, onde a agenda prioritária é o Brasil, e o que ele significa como nave mãe para toda a sociedade humanaeambiental,comoumsistemaqueprecisa cooperar entre si para competir, criar mercados e ter acesso ao reino global. Onovomundoécadavezmaissubjetivo.Subjetivo porque coloca o sujeito como centro planetário. E cada sujeito tem a sua verdade, somos uma soma infinita de relatividades. Portanto, aos críticos do diálogo íntegro entre os setores públicos e priva- dos, sempreexistirãouma listademaus exemplos, de desvios, de falências a partir de suportes finan- ceiros oficiais; de corruptos ede corruptores daqui e dali. Seriam esses casos regras ou exceções? Porém,aoobservamosarealidadehistóricadopro- gressobrasileiro,constatamosumacolcha de retalhos reunindo pioneiros, atos de boavontade, programaspúblicosdeatra- tividade, facilitações, empreendedorismo, conhecimento, tecnologia, educação. Podemos reunir listas de programas bem intencionados que foram traídos e subvertidos por malfeitores. E podemos reunir outra lista de programas munici- pais, estaduais e nacionais que viabiliza- ramo que podemos colher demelhor, da nação brasileira. Isso é regra. Exceção foi vermos algo que tenha vencido o tempo eque tenhasemantidocomosustentável, forjado e feito de maneira independente, onde pudéssemos afirmar: isto foi só público, ou isto foi apenasprivado! Parao Estudos realizados pela APROSOJA(Associação dos Produtores de Milho e Soja), nos dizem que hoje é mais caro colocar a safradoBrasil Central e Centro-Oeste nos portos do Sudeste, do que man- dardoportodeSantosaté a China. Para melhorar significativamente nossa logística, armazenagem e estrutura, são necessá- rios cerca de seis bilhões de reais. Stockbyte
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