Revista da ESPM Julho-Agosto_2010
R E V I S T A D A E S P M – julho / agosto de 2010 128 medicamentos para a saúde humana; e outra que são os especialistas na agricultura vertical: o neo-ruralismo que invadirá os centros urbanos com prédios, praças e ruas cheios de agricultura por todos os lados. Não apenas os jardins de- corativos, mas agricultura de frutas, vegetais e especiarias mesmo. Todo o setor do agronegócio sempre foi resul- tante do diálogo público e privado. Os maiores inimigos dessa realidade não estão do lado de fora das paredes que contêmopróprio segmento. São internos. Começampela própria e necessária autocrítica da classe produtora rural, nos próprios municípios onde estão. Numa palestra para agricultores no interior do Brasil, num evento de enorme importância econômica e representativa para a região, perguntei: “quantos vereadores desta cidade temos aqui no recinto? “ Nenhum. UmOOOHH! da plateia. Cabe aos próprios agricultores compreenderem a democracia e iniciarem um diálogo público e privado com as instituições reais e existentes. Para já, com seus vereadores e representantes nos três poderes. O agronegócio brasileiro movimentaalgoemtorno de R$ 750 bilhões por ano. 70% desse mon- tante é o pós-porteira das fazendas; 20% é a produção agropecuária propriamentedita–oden- tro da porteira; e 10%é o antes da porteira, o setor dos insumos e máquinas. Há algum segredo nisso tudo? Não. O maior êxito da sociedade sempre esteve relacionado a um diálogo progressista, humano, ético e fiscalizado pelo interesse maior do país, reunidos os interesses pú- blicos e privados, com a vital contribuição do conhecimento científico, tecnológico e filosófico, para afastar preconceitos e deci- sões tomadas com insensatez. O agronegócio brasileiro movimenta algo emtornodeR$ 750bilhões por ano. 70% desse montante é o pós-porteira das fazendas; 20%é a produção agrope- cuária propriamente dita – o dentro da porteira; e 10% é o antes da porteira, o setor dos insumos e máquinas. O mer- cado global do agribusiness é calculado em cerca de US$ 13 trilhões. Quase um PIB do tamanho dos Estados Unidos. Os próprios números falam por si. Primeiro sobre a importância econômica e social do setor. Sig- nifica toda a produção e agregação de valor a partir das matérias-primas vegetais e animais no mundo. Vai da genética à gôndola do super- mercado, commais de 22 produtos novos sendo lançados, por hora, nomundo. Quando olhamos para as profissões e carreiras do futuro, duas, diretamente envolvidas comoagronegócio, estão dentre as 10mais: “Pharmers” produtores rurais que produzirão uma série de produtos oriundos da engenharia genética, tanto alimentos quanto Podemos acreditar que o grande vilão e agressor ambiental é agricultor. Po- rém, oquese fazaomeio ambiente é responsabi- lidade social, ou seja, o queocorrecomamatéria- prima saída do campo, transporte, mão de obra, indústria é responsabili- dade da sociedade.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx