Revista da ESPM Julho-Agosto_2010

julho / agosto de 2010 – R E V I S T A D A E S P M 137 ES PM r eput aç ão e condut a é t ic a – a ex istência e o f uncionamento re- gular, proativo e convergente das Câmaras Setoriais, especialmen- te no segmento do ag ronegócio, devem ser v i stos como i n ic i a- t ivas ex itosas e promissoras de i nteg ração ent re o públ ico e o pr ivado na const r ução de polít i- cas setor iais oport unas, ef icazes e geradoras de compet it iv idade, s u s t e n t a b i l i d a d e , b em- e s t a r , c i d a d a n i a e i n c l u s ã o s o c i a l . Ao const it u í rem-se em fór uns t r i pa r t i t e s p e r ma nen t e s – no inter ior dos qua is se aglut inam e i nteragem representantes do governo, do capital e do trabalho –, as Câma ras Setor ia is repre- sent am opor t un idade de va lor inest imável na inst it ucionali za- ção dos mecanismos de produção dia lóg ica de acordos normat ivos e do consenso social. A gestão e o financiamento da TV pública MARIA CECÍLIA ANDREUCCI CURY PÁG. 118 Um ideal de telev isão pública de- veria contribuir para o equilí brio do si stema de comun icação de uma nação, f unc ionando como um contrapeso ao sistema pr iva- do e fomentando a democracia e a cidadania através da promoção da cultura, do conhecimento e da informação de forma universa l, ét ica e independente, com a ltos padrões de qualidade prog ramá- tica. Não parece uma tarefa sim- ples. E, ent re o mundo idea l e o real, tende a ex ist ir um universo de impossibilidades. Duas variá- veis impactam mais diretamente na v i ab i l idade de um s i s tema de comun icação públ ico – sua ge s t ão e, e spe c i a lmente, s ua s fontes de f inanciamento. Diante da escassez de recursos públicos, a propaganda vem mostrando-se como uma das formas a lternat i- vas de f inanciamento. Constata- se, contudo, que ela está longe de ser um consenso na sociedade. Público e privado: o inevitável caminho do agronegócio JOSÉ LUIZ TEJON PÁG. 124 Os e x emp l o s r e a i s den t r o do a g r oneg ó c i o b r a s i l e i r o f a l am por si. Os sucessos obtidos têm sido, sempre, o melhor da ges- t ão, d i á logo e i nte raç ão ent r e os setores públ icos com o em- p r e e nd e do r i smo p r i v a do . Os fracassos de vários projetos bem i ntenc ionados, por out ro lado, tiveram, na ausência da liderança ética e da necessár ia v ig ilância da sociedade os pr incipais mo- t ivos do seu desen lace. Porém, mal ou bem-sucedidos, a regra da história do ag ronegócio no País tem sempre sido a boa ou a má junção dos interesses evolutivos ent re os s e tores públ icos com os pr ivados. Podemos pont ua r centenas de “cases” de sucesso, como no município de Lucas do Rio Verde em Mato Grosso, onde já ocorre o processo do diálogo inteligente entre a administração pública com a privada. Os casos de insucesso, que servem aos críticos dessa possibilidade, têm nos seus agentes da liderança, estejam eles tanto nos setores oficiais como nos particulares, o principal motivo dos desvios, da má intenção, e da regra para ser malsucedido. Num país onde colocar uma tonelada de soja, saída do Brasil central e centro- oeste custa mais caro para chegar no Porto de Santos, do que desse porto até a China, é impossível seguirmos rumo ao futuro sem um novo diálogo, seriedade e ética en- tre os componentes da sociedade. Não é novo, porém, precisa passar a ser benfeito, e com a causa do país acima de tudo.

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