Revista da ESPM MAI-JUN_2008

Orivaldo O. Gallasso M A I O / J U N H O D E 2 0 0 6 – REVISTA DA ESPM ES PM o autor examina o panorama atual dos meios de comunicação em massa para sustentar que, na sociedade pós- industrial, as novas tecnologias da in- formação desempenham papel decisivo nos processos de transformação social, adquirindo um caráter ao mesmo tempo integrador e libertário. Dialo- gando com Gianni Vattimo, que discute o enfraquecimento das concepções objetivas e unitárias de realidade, Jean- François Lyotard (teórico da “crise das grandes narrativas”), Marshall McLuhan (criador do conceito de “aldeia global”) e Gilles Deleuze (do qual retoma a noção de “sociedade rizomática”), busca mostrar como as tecnologias digitais do pós-moderno contribuem para o potencial de experimentação e expansão das relações sociais. Por meio do conceito de “mídias nativas”, mos- tra a atuação social e cultural de setores marginalizados, pela sua inclusão no universo tecnológico das novas mídias. Conclui que o constante avanço tec- nológico das formas de comunicação na nossa era permite vislumbrar um novo conceito não apenas de socie- dade, mas também de realidade. COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL: UM ROTEIRO J. R OBERTO W HITAKER P ENTEADO pág. 80 O artigo aborda a questão da comu- nicação intercultural, que remonta aos primórdios da Humanidade e se apresenta, hoje, mais do que nunca, como condição de sobrevivência glo- bal, uma vez que a interdependência das nações exige uma comunicação cada vez mais eficaz entre os povos. Muitos são os aspectos envolvidos no debate, analisados pelo autor ao longo de 8 tópicos. De início, uma definição preliminar dos dois con- ceitos-chave em jogo na discussão – comunicação e cultura – passando, em seguida, por questões como o binômio identidade/pertencimento, a diversidade de povos, o multicul- turalismo, a comunicação verbal e não-verbal, a influência do contexto na transmissão e assimilação da men- sagem, a adequação da comunicação – por parte do emissor – em relação às particularidades do receptor e, por fim, a questão premente da ética, que clama por uma solução no sentido de se orientar e regular as relações dos indivíduos em situações de inter ou multiculturalidade. A CABALA E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL J ORGE F ORNARI G OMES pág. 100 As influências culturais judaico- cristãs explicam muito do que somos, pensamos e desejamos em nosso tra- balho. Estão impregnadas em nossos valores, princípios, hábitos, costumes e normas sociais, vistas como uma verdade humana, de tal forma estão arraigadas dentro de nós. A associação dos princípios entre o desenvolvimento pessoal e a Cabala foi meramente casual. A Cabala é uma tradição judaica medieval con- solidada no sul da França no século XII e com forte desenvolvimento na Espanha no século seguinte. Sendo uma tradição interpretativa, ela vai se adaptando a novas realidades, e este ensaio arrisca algumas interpretações dos seus ensinamentos para a reali- dade da empresa contemporânea. EDUCAÇÃO INTER- CULTURAL: CELEBRANDO A DIVERSIDADE CULTURAL DENTRO DAS EMPRESAS A NDRÉA S EBBEN pág. 110 O presente artigo convida a refletir so- bre o conceito de diversidade cultural nas organizações modernas, onde o termo diversidade é visto como algo positivo e enriquecedor. No atual momento histórico em que a interna- cionalização, os meios de transporte e comunicação assumem uma força jamais presenciada, as empresas se deparam com a necessidade de com- preender as semelhanças e diferenças culturais que matizam suas relações. Pensando no sucesso dos processos de expatriação ou na negociação e comunicação entre colaboradores de culturas distintas, é hora de en- frentar, sem receio, a complexidade da gestão da diferença. A Educação Intercultural é uma pedagogia que vem propor a compreensão desses fenômenos e a criação de práticas que estimulem a verdadeira aceitação e a celebração da diversidade cultural – o que, indubitavelmente, passa por uma educação à diferença. INOVAÇÃO E EMPREENDEDORIS- MO − GERADORES DE COMPETI- TIVIDADE ORGANIZACIONAL A NDRÉ M OTA /A NTONIO C ARLOS M ORIM pág. 116 Inovação pode ser definida como o ato de levar ao mercado produ- tos e serviços com características diferenciadas daquelas oferecidas pelos concorrentes. Constitui hoje a maneira básica de competir na economia do conhecimento. O objetivo deste artigo é enfatizar a constatação de que, cada vez mais, as empresas selecionam seus colabora- dores, buscando em seus perfis as ca- pacidades de inovar e empreender. Torna-se fundamental que a Escola tenha a inovação como um de seus pilares estratégicos, e que ela per- meie todo o processo de aprendi- zado. A ESPM é hoje referenciada como uma instituição de ensino que pratica a Inovação e destaca-se por tal atitude estratégica. 127 MAIO / JUNHO DE 20 8 – R E I S T D A E S P M

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