Revista da ESPM MAI-JUN_2008
Viva a diferença! A DIFEREN A! Ç aproximando-os de um padrão de comportamento ideal. A bem da verdade, este é o pro- blema central nas relações entre governantes e governados, desde que surgiram as primeiras socie- dades organizadas. Os métodos podem ser sutis, como nas modernas democracias, ou violentos, como nos regimes ditatoriais. Como exem- plo de método sutil, temos a escola pública que, nos países avançados, funciona como instrumento de homogeneização social. No outro extremo, um bom exemplo destes métodos mais violentos para obter a unidade de pensamento nos foi dado, recentemente, pela chamada revolução cultural chinesa. Não deu certo, como já era de se es- perar, e o governo chinês resolveu apelar para métodos mais brandos. Novamente, a natureza humana acabou prevalecendo e os chineses ganharam um pouco mais de liber- dade para expressar a sua própria individualidade. Os homens não nascem todos iguais. Cabe à sociedade torná-los menos desiguais. Pontes de Miranda E stá escrito no livro do Gênesis que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Mas, em Sua sabedo- ria, fez os homens diferentes entre si, repartindo equitativamente as quali- dades e aptidões que distinguem o gênero humano. Teria dado certo se os homens não se metessem nessa história procurando mudar a sua própria natureza. Como sugere Pontes de Miranda, na melhor das intenções, as sociedades têm feito tudo o que podem para diminuir as diferenças entre os homens, I V V A 20 R E V I S T A D A E S P M – MAIO / JUNHO DE 2008 UNIDADE E DIVERSIDADE
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